Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) revela que o calor nas periferias de São Paulo é até 9 ºC mais intenso que em bairros nobres, evidenciando desigualdade socioeconômica e riscos à saúde.
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o calor superficial nas periferias de São Paulo pode ser até nove graus Celsius mais intenso do que em bairros nobres. O estudo, publicado na última quinta-feira, 15, foi conduzido pelos pesquisadores Fernando Rocha Reis e Caroline Freire, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Eles analisaram dois distritos com diferenças significativas no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): Jardim Paulista, com IDHM de 0,942, e Vila Jacuí, com IDHM de 0,736.
Os dados coletados indicam que a Vila Jacuí pode registrar temperaturas até sete graus Celsius mais altas no inverno e até oito graus Celsius no verão em comparação ao Jardim Paulista. A pesquisa concluiu que as áreas com temperaturas de superfície mais elevadas coincidem com aquelas que apresentam IDHM mais baixos, evidenciando a desigualdade socioeconômica na cidade.
Os pesquisadores utilizaram higrômetros para medir a temperatura e a umidade relativa do ar em ambos os bairros entre janeiro e fevereiro e entre julho e agosto de 2024. Fatores como a arborização, os materiais de construção e o espaçamento entre os lotes foram identificados como influentes nas diferenças de temperatura, resultando em microclimas distintos dentro da mesma cidade.
Fernando Reis destacou a importância de entender como as pessoas percebem essas diferenças de temperatura de forma desigual. Caroline Freire alertou que o calor intenso em áreas com moradias precárias pode agravar problemas de saúde, como doenças respiratórias e cardíacas, criando um cenário preocupante de saúde pública.
A pesquisa evidencia a necessidade de ações que promovam a equidade nas condições de vida nas diferentes regiões da cidade. O aumento das temperaturas nas áreas periféricas não é apenas uma questão ambiental, mas também um reflexo das desigualdades sociais que afetam a qualidade de vida dos moradores.
Iniciativas que busquem mitigar esses impactos e promover melhorias nas condições de vida nas periferias são essenciais. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, contribuindo para projetos que visem a arborização, a melhoria das infraestruturas e o acesso a serviços básicos, beneficiando as comunidades mais vulneráveis.
Angelina Jolie se reuniu com a ministra Sonia Guajajara em Brasília para discutir a proteção dos direitos indígenas e a demarcação de territórios, destacando a importância da preservação ambiental.
Estudo do Instituto Trata Brasil revela que 2.700 indígenas foram internados em 2024 por doenças relacionadas ao saneamento, com uma taxa de mortalidade alarmante de 21,074 por 100 mil. A urgência por políticas de saneamento é evidente.
Os países do Brics adotaram uma declaração conjunta exigindo maior financiamento climático dos países desenvolvidos, destacando a vulnerabilidade das nações em desenvolvimento. O grupo reafirma seu compromisso com o Acordo de Paris e pede que os países ricos cumpram metas financeiras para ações climáticas, visando um compromisso anual de US$ 1,3 trilhão. A declaração também menciona a importância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) no financiamento climático e a necessidade de reformas na arquitetura financeira internacional.
O Brasil sediará a COP 30 em Belém, em novembro de 2023, em meio a uma crise climática e social, enfrentando desafios para garantir um financiamento climático justo. A meta global de US$ 300 bilhões até 2035 é insuficiente frente à necessidade de US$ 1,3 trilhão dos países do Sul Global.
Comunidades quilombolas se opõem a teste de perfuração na Foz do Amazonas, agendado para o dia 24, alegando falta de consulta prévia e denunciando racismo ambiental. A Conaq critica a ausência de participação democrática.
Beto Veríssimo, cofundador do Imazon, defende o pagamento por serviços ecossistêmicos na COP30, ressaltando a urgência de preservar a Amazônia para cumprir as metas climáticas globais. Ele destaca que a floresta é essencial para a regulação do clima e a economia brasileira, propondo que o Brasil lidere a transição para uma economia de baixo carbono.