Campo Grande inicia plano de erradicação da leucena, planta exótica que ameaça a biodiversidade. A medida proíbe plantio e comércio, visando restaurar ecossistemas nativos e proteger a fauna local.

A leucena, uma planta exótica originária do México, foi introduzida no Brasil na década de 1940 com a intenção de recuperar áreas degradadas e alimentar gado. No entanto, sua rápida proliferação tem se tornado uma ameaça à biodiversidade local, inibindo o crescimento de espécies nativas. Recentemente, Campo Grande lançou um plano de erradicação da leucena, proibindo seu plantio, comércio e transporte, com multas de até R$ 1 mil para infratores. Essa ação se junta a iniciativas semelhantes em outras cidades, como Aracaju e Sorocaba.
A presença da leucena é notável em várias regiões do Brasil, especialmente nas margens de córregos e ao longo de rodovias. Em Campo Grande, a planta se espalhou pela BR-262, prejudicando a paisagem do Pantanal. A superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Joanice Battilani, destaca que a leucena impede a germinação de plantas nativas e afeta a fauna local, uma vez que suas sementes não são adequadas para a alimentação dos animais da região.
A gestão municipal de Campo Grande busca mapear e substituir a leucena por espécies nativas, mas Joanice alerta que a manutenção das áreas recuperadas é crucial, pois a planta possui uma alta capacidade de rebrota. O engajamento da comunidade é essencial para a preservação ambiental, e a prefeitura planeja promover educação sobre a importância da conservação das espécies nativas.
O problema da leucena não se limita a Campo Grande. Em Fernando de Noronha, a planta também se espalhou, levando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a desenvolver um plano de controle que inclui o corte das árvores invasoras e o plantio de espécies nativas. Alexandre Sampaio, coordenador do ICMBio, enfatiza a necessidade de um esforço contínuo para conter a expansão da leucena, especialmente em áreas com alta biodiversidade.
Em Aracaju, a leucena se encontra em áreas de mangue e beira de estradas, e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) local já iniciou ações para erradicar a planta, embora os resultados sejam esperados a longo prazo. No Ceará, a Sema publicou uma lista de espécies exóticas invasoras, incluindo a leucena, e defende que seu controle deve ser feito com educação ambiental e fiscalização rigorosa.
Municípios de São Paulo também enfrentam desafios semelhantes. Em Itapira, a erradicação da leucena é dificultada pela sua rápida rebrota. A cidade implementou um decreto que proíbe o plantio da espécie. Em Piracicaba, ações de remoção têm sido realizadas, e a prefeitura promoveu um curso sobre técnicas de controle da leucena. A luta contra essa planta invasora é um esforço coletivo que pode ser fortalecido por iniciativas da sociedade civil, visando a preservação da biodiversidade e a recuperação de ecossistemas locais.

Uma operação do Ibama e Vigiagro apreendeu carcaças de 879 animais no Aeroporto de Guarulhos, provenientes de Doha e Joanesburgo, resultando em multas e processos por tráfico de fauna. A ação revela o uso do aeroporto como rota para contrabando de espécies exóticas, representando riscos à saúde pública.

O Brasil avança na recuperação de pastagens degradadas com o Programa Nacional de Conversão, visando linhas de crédito para produtores e tecnologias da Embrapa para aumentar a produtividade e reduzir emissões.

Ibama intercepta embarcação irregular em Itajaí durante a Operação Mugil, multando o proprietário em R$ 5,3 mil e suspendendo a atividade pesqueira até regularização no Programa Nacional de Rastreamento.

Uma tartaruga-cabeçuda de 60 anos, chamada Jorge, foi solta após 40 anos em cativeiro e já percorreu a Baía da Guanabara, com expectativa de retornar à Bahia, seu local de nascimento, para reprodução. O projeto de reabilitação envolve diversas instituições e monitora sua trajetória via satélite.

Estudo revela que, apesar da estiagem e perfuração de poços clandestinos, os níveis de água subterrânea na Bacia do Paranapanema permanecem estáveis, destacando a resiliência hídrica da região. O geólogo Rodrigo Manzione e sua equipe utilizam dados de satélites para monitorar e mapear essas reservas, enfatizando a importância de uma gestão integrada dos recursos hídricos.

Projeto de Lei 1725/25 proíbe novas explorações de petróleo na Amazônia. Ivan Valente argumenta que a medida é necessária para evitar desastres ambientais e promover a recuperação da região. A proposta inclui um plano de transição para operações existentes e financiamento através de compensações ambientais. A discussão está acirrada no governo, com apoio de Lula e resistência de Marina Silva. Se aprovado, pode encerrar os planos da Petrobras na área.