Indígenas e ambientalistas protestam contra o leilão da ANP, que oferece 172 blocos de petróleo e gás, com ações judiciais visando suspender a oferta na Foz do Amazonas por falta de licenciamento ambiental.
Indígenas e ambientalistas realizam protestos contra o leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que ocorrerá hoje no Rio de Janeiro. O evento visa oferecer 172 blocos para concessão de petróleo e gás, sendo 63 localizados na Margem Equatorial, uma área de grande interesse para a Petrobras. Essa região, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada uma nova fronteira do petróleo brasileiro, com reservas potenciais estimadas em 10 bilhões de barris.
A Margem Equatorial abriga um ecossistema marinho vulnerável a danos, especialmente em casos de vazamento de óleo. Em resposta a essa preocupação, várias organizações já entraram com ações judiciais para suspender o leilão. O Ministério Público Federal do Pará moveu um processo contra a União e a ANP, visando impedir a oferta de 47 blocos na Foz do Amazonas, argumentando que o leilão ocorre sem o cumprimento de medidas previstas na legislação socioambiental.
Além disso, a Federação Única dos Petroleiros (FUC) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) também iniciaram uma ação popular com o mesmo objetivo. O Ministério de Minas e Energia (MME) já havia alertado que 145 blocos poderiam ser excluídos do edital devido à expiração de manifestações ambientais, o que levanta questões sobre a validade dos estudos necessários para o licenciamento.
Juliano Bueno, diretor do Instituto Internacional Arayara, destacou que as notas conjuntas das pastas envolvidas vencerão em breve, o que pode comprometer a validade dos estudos necessários para o licenciamento ambiental. Ele enfatizou que essa situação é inédita, pois outras bacias foram excluídas do leilão devido à falta de interesse das empresas em áreas sensíveis.
O leilão da ANP, portanto, não apenas representa uma oportunidade econômica, mas também um ponto de tensão entre interesses ambientais e a exploração de recursos naturais. A pressão de grupos sociais e ambientais pode influenciar a condução desse processo, refletindo a crescente conscientização sobre a importância da preservação ambiental.
Nessa conjuntura, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção do meio ambiente e a defesa dos direitos dos povos indígenas. Projetos que promovam a conscientização e a preservação ambiental devem ser estimulados, garantindo que a exploração de recursos naturais ocorra de maneira responsável e sustentável.
Projeto de Lei 1725/25 proíbe novas explorações de petróleo na Amazônia. Ivan Valente argumenta que a medida é necessária para evitar desastres ambientais e promover a recuperação da região. A proposta inclui um plano de transição para operações existentes e financiamento através de compensações ambientais. A discussão está acirrada no governo, com apoio de Lula e resistência de Marina Silva. Se aprovado, pode encerrar os planos da Petrobras na área.
O Brasil implementará sua primeira barreira SABO em Nova Friburgo, com investimento superior a R$ 20 milhões, visando conter deslizamentos e estudar movimentos de massa. A obra é fruto de cooperação entre Brasil e Japão.
Iniciativas de captura de carbono (CCUS) no Brasil podem reduzir até 190 milhões de toneladas de CO₂ anualmente. Empresas como Repsol e FS investem em tecnologias inovadoras, mas falta incentivo público.
O Programa de Conservação do Mico-leão-preto, liderado pelo IPÊ, recebeu US$ 50 mil do Fundo de Reintrodução de Espécies, permitindo novas translocações e um censo populacional na Fazenda Mosquito. A iniciativa visa fortalecer a população da espécie ameaçada e restaurar a biodiversidade da Mata Atlântica.
O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, apresenta a exposição de Claudia Andujar, com 130 fotos dos Yanomami, em meio à urgência ambiental após a aprovação do "PL da Devastação". A mostra destaca a luta pelos direitos indígenas e a preservação da Amazônia.
Estudo recente aponta que a taxa de extinção de espécies aumentou drasticamente nos últimos cinco anos, evidenciando que o aquecimento global acelera esse processo alarmante.