Neste Dia do Meio Ambiente, a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 48% das indústrias brasileiras investem em energias renováveis, um aumento significativo em relação a 2023. O Nordeste lidera com 60% de adoção.

Neste Dia do Meio Ambiente, a transição energética se destaca como fundamental para a descarbonização global e o uso sustentável dos recursos naturais. O Brasil, com sua matriz energética predominantemente limpa, mostra que a indústria nacional está se mobilizando em prol da sustentabilidade. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em 5 de junho, revela que 48% das indústrias brasileiras investem em energias renováveis, como hídrica, eólica, solar, biomassa e hidrogênio de baixo carbono. Este número representa um aumento significativo em relação a 2023, quando apenas 34% das empresas tinham iniciativas voltadas para a geração de energia limpa.
Entre as indústrias que adotaram fontes renováveis, a autoprodução se destaca como a principal estratégia, utilizada por 42% delas. O principal motivador para essa mudança é a redução de custos, apontada por 50% dos entrevistados. A pesquisa entrevistou mil executivos de indústrias de diferentes portes em todos os estados do Brasil, evidenciando um compromisso crescente com a sustentabilidade.
O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, destacou que o aumento do interesse em investir em fontes renováveis demonstra que o Brasil está na vanguarda e reflete a conscientização do setor sobre seu papel no combate às mudanças climáticas. A pesquisa também revelou disparidades regionais na adoção de energias limpas, com o Nordeste liderando com 60% das indústrias investindo em projetos sustentáveis.
As regiões Norte e Centro-Oeste seguem com 56%, enquanto o Sul apresenta 53% e o Sudeste, 39%. Além disso, 25% das indústrias consideram o uso de energias renováveis e inovação como prioridade para reduzir emissões, um aumento de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior. O percentual de empresas que priorizam a inovação para uma economia de baixo carbono saltou de 14% para 20% entre 2023 e 2024.
Outro dado relevante é que 60% das empresas demonstraram interesse em obter financiamento para adequar suas operações. No entanto, 90% das indústrias alertam sobre a falta de incentivos tributários para ações sustentáveis, destacando o acesso a recursos como um dos principais desafios. O Brasil, com mais de 90% de sua matriz elétrica proveniente de fontes limpas, se destaca no cenário internacional, sendo o quinto maior produtor de energia solar do mundo.
As práticas sustentáveis nas indústrias vão além da energia. Em média, as empresas implementam seis medidas de sustentabilidade, com 70% das médias e grandes indústrias desenvolvendo ações de logística reversa. Para 83% dos entrevistados que investem em economia circular, essas iniciativas contribuem diretamente para a redução de gases de efeito estufa. Projetos que visam a sustentabilidade e a inovação merecem ser apoiados pela sociedade civil, pois podem impactar positivamente o futuro do nosso planeta.

O Brasil está desenvolvendo uma Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos para garantir a exploração sustentável de recursos essenciais à transição energética e ao desenvolvimento local. A proposta, em tramitação na Câmara dos Deputados, busca alinhar a exploração mineral à justiça social e à sustentabilidade, promovendo uma nova governança internacional.

Estudo de universidades chinesas revela que ferver e filtrar água da torneira pode eliminar até 90% dos microplásticos, utilizando carbonato de cálcio como método acessível e eficaz. Essa descoberta pode transformar a forma como lidamos com a contaminação por microplásticos na água potável.

O Brasil registrou um aumento de 141% na frota de ônibus elétricos, com 306 novos veículos em 2025. São Paulo e Curitiba lideram a transição, visando descarbonização e investimentos significativos.

Ailton Krenak critica a gestão ambiental do governo Lula, destacando a falta de orçamento no Ministério dos Povos Originários e a exploração de petróleo na Amazônia. Ele expressa ceticismo sobre a COP30.

O Brasil avança na recuperação de pastagens degradadas com o Programa Nacional de Conversão, visando linhas de crédito para produtores e tecnologias da Embrapa para aumentar a produtividade e reduzir emissões.

Entre 8 e 10 de agosto, o Distrito Federal registrou 224 incêndios em vegetação, consumindo 316,38 hectares. O Corpo de Bombeiros alerta para a importância da prevenção e cuidados em áreas secas.