O Brasil avança na recuperação de pastagens degradadas com o Programa Nacional de Conversão, visando linhas de crédito para produtores e tecnologias da Embrapa para aumentar a produtividade e reduzir emissões.
A influência da pecuária nas mudanças climáticas foi debatida no CB.Agro, uma parceria do Correio com a TV Brasília. O pesquisador da Embrapa, Marcelo Ayres, destacou tecnologias para recuperar áreas degradadas, visando reduzir o intervalo entre o nascimento e o abate do gado, o que diminui o impacto no efeito estufa. Ele afirmou que o Brasil possui uma agricultura e pecuária sustentáveis, com apenas 15% do gado abatido em confinamento.
O Brasil está se preparando para cumprir a meta de recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas. O programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) iniciou em 2010 e já superou suas metas. Atualmente, o governo discute a implementação do Programa Nacional de Conversão e Recuperação de Pastagens Degradadas, que incluirá linhas de crédito com subsídios para os produtores.
No Distrito Federal, cerca de 19% da área total, ou aproximadamente 110 mil hectares, são ocupados por pastagens, das quais 57% estão degradadas. Na Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (RIDE), a área de pastagem é de 1,5 milhão de hectares, com cerca de 40% em degradação. Goiás e Minas Gerais estão entre os estados priorizados pelo programa nacional.
A recuperação de pastagens não apenas aumenta a oferta de forragem, mas também permite que os animais atinjam o peso de abate mais rapidamente, reduzindo a permanência no campo e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa. A pecuária é responsável por cerca de 40% das emissões nacionais, com a maioria proveniente da criação de bovinos.
O custo para recuperar uma pastagem degradada varia entre R$ 7 mil e R$ 8 mil por hectare, mas pode triplicar a produtividade, elevando-a de 25 a 30 arrobas por hectare por ano para 110 a 120 arrobas. A pecuária eficiente também libera áreas para a agricultura, aumentando a produção de grãos e contribuindo para a balança comercial do Brasil sem desmatamento.
A Embrapa tem desenvolvido novas cultivares de forrageiras, como a BRS Piatã e a BRS Piporã, que são mais produtivas e resistentes a pragas. Apesar disso, muitos pecuaristas ainda resistem a novas tecnologias, preferindo cultivares tradicionais. Essa resistência pode ser superada com mais informação acessível e demonstrações claras dos benefícios financeiros. A união da sociedade civil pode impulsionar projetos que ajudem na recuperação de pastagens e na promoção de práticas sustentáveis.
Pesquisadores da Unesp criaram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial para mapear o uso do solo no Mato Grosso, alcançando 95% de precisão nas análises. Essa metodologia pode auxiliar na formulação de políticas públicas que beneficiem tanto a agropecuária quanto a preservação ambiental.
O Brasil celebra um ano da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF), com redução de 65,8% nas áreas queimadas e aumento de brigadistas. Ações interministeriais visam fortalecer o combate a incêndios.
Em 2023, o Dia da Sobrecarga da Terra foi antecipado para 24 de julho, evidenciando o consumo excessivo de recursos naturais e a desigualdade entre o Norte e o Sul Global. Países ricos consomem à custa do futuro.
A COP30 será realizada em Belém, Brasil, apesar das críticas sobre preços altos de hospedagem. O governo busca soluções acessíveis antes do prazo da ONU em 11 de agosto. André Corrêa do Lago e Ana Toni, líderes da conferência, reafirmaram a escolha da sede, enfrentando preocupações logísticas e a possibilidade de boicotes de nações participantes.
Ibama e Polícia Ambiental da Paraíba apreendem 85 aves silvestres em operação contra tráfico em João Pessoa. Infratores responderão por crimes ambientais e as aves serão reabilitadas.
O ESG Summit 2025, promovido pela EXAME, enfatizou a urgência de ações coordenadas contra a crise climática, destacando o papel do Brasil e a importância do engajamento social. O evento abordou soluções para adaptação urbana, saneamento e desigualdades sociais, com a participação de líderes do setor público e privado.