Três em cada cinco casos de câncer de fígado podem ser evitados com a redução de fatores de risco, como obesidade e diabetes, segundo relatório da Comissão The Lancet. Aumento significativo de casos é previsto até 2050.
Um novo relatório da Comissão The Lancet revela que três em cada cinco casos de câncer de fígado podem ser evitados por meio da redução de fatores de risco controláveis, como obesidade, diabetes e consumo de álcool. O estudo destaca a crescente importância da esteatose hepática com disfunção metabólica (MASLD), que está se tornando um dos principais fatores de risco associados ao câncer de fígado. Se não forem tomadas medidas urgentes, o número de novos casos pode quase dobrar até 2050, passando de oitocentos e setenta mil em 2022 para um milhão e quinhentos e vinte mil.
A forma mais grave da MASLD, conhecida como MASH (do inglês metabolic dysfunction-associated steatohepatitis), é a causa de câncer de fígado que mais cresce globalmente. O relatório indica que a proporção de casos associados à MASH deve aumentar de oito por cento em 2022 para onze por cento em 2050. O Dr. Hashem B. El-Serag, professor do Baylor College of Medicine, enfatiza que a obesidade é um fator de risco crescente, especialmente devido ao acúmulo de gordura no fígado.
O relatório também aponta que muitos profissionais de saúde fora das áreas de gastroenterologia e hepatologia ainda não estão suficientemente informados sobre a MASLD. Muitos médicos relatam desconhecimento sobre os sintomas e critérios de diagnóstico. O Dr. El-Serag sugere que a triagem de lesões hepáticas deve ser incluída nos cuidados de rotina para pacientes com alto risco, como aqueles com obesidade e diabetes, além de promover um estilo de vida saudável.
A Comissão Lancet pede um aumento nos esforços médicos e em políticas públicas para enfrentar o risco crescente da MASLD, especialmente em regiões como os Estados Unidos, Europa e Ásia. Estima-se que, até 2040, mais de cinquenta e cinco por cento dos adultos nos EUA poderão ter esteatose hepática com disfunção metabólica. O álcool, que já é amplamente reconhecido como um fator de risco, é projetado para ser a segunda causa de câncer de fígado que mais cresce, com a proporção de casos associados ao consumo de bebidas alcoólicas aumentando de dezenove por cento em 2022 para vinte e um por cento em 2050.
Embora as hepatites virais continuem a ser a maior causa de câncer de fígado, sua proporção deve diminuir ao longo dos anos. A hepatite B (HBV) e a hepatite C (HCV) devem ver suas proporções de casos cair, mas ainda assim, a ampliação da cobertura vacinal contra a hepatite B e o tratamento das infecções por HBV e HCV são essenciais para a redução dos casos de câncer de fígado. O relatório destaca que, se os países conseguirem reduzir a incidência de câncer de fígado entre dois e cinco por cento ao ano até 2050, será possível evitar de nove milhões a dezessete milhões de novos casos.
É urgente aumentar a conscientização sobre o câncer de fígado, que é difícil de tratar, mas possui fatores de risco bem definidos. A Dra. Valérie Paradis, coautora do estudo, acredita que, com esforços conjuntos, muitos casos podem ser evitados, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida dos pacientes. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que apoiem a prevenção e o tratamento do câncer de fígado.
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