O uso de cartões de desconto no Brasil cresce, com 60 milhões de usuários buscando alternativas ao SUS. O STJ exige regulação da ANS, visando integrar esses serviços ao sistema público de saúde.
O Brasil enfrenta uma transformação significativa no acesso aos cuidados médicos. Com 160 milhões de dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS) e apenas 52 milhões com planos de saúde, o uso de cartões de desconto tem crescido rapidamente. Atualmente, mais de 60 milhões de pessoas utilizam essas plataformas, que se tornaram alternativas para evitar as longas filas do SUS. Marcas como Cartão de Todos, Tem Saúde e Avus dominam um mercado que movimenta R$ 10 bilhões anuais, especialmente entre as classes C, D e E.
Na classe C, cerca de 46% da população utiliza cartões de desconto. Apesar do crescimento, esses cartões ainda não são reconhecidos formalmente como produtos de saúde. Em janeiro de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve regular e fiscalizar esses serviços. A discussão agora gira em torno da integração desses serviços ao SUS, buscando melhorar a continuidade do cuidado e a eficiência do sistema de saúde.
A tecnologia já possibilita essa integração através da Rede Nacional de Dados em Saúde. Durante a pandemia, testes de Covid-19 foram registrados no Conecte SUS, demonstrando que a unificação de dados é viável. Essa integração poderia beneficiar aqueles que pagam por consultas e exames, permitindo a continuidade do cuidado e reduzindo desperdícios e retrabalho. No entanto, ainda faltam protocolos unificados e mecanismos de encaminhamento entre o SUS e o setor privado.
Um exemplo positivo é o modelo da lista única de transplantes, que pode servir de inspiração para a construção de um sistema mais integrado. Enquanto isso, o debate sobre a regulação da ANS para consultas e exames continua. É essencial que esforços sejam direcionados para desenvolver protocolos de referência e contrarreferência, baseados nos fluxos já existentes no SUS.
A criação de produtos híbridos, que combinem o setor público e privado, com encaminhamento digital e foco na resolutividade clínica, é um caminho promissor. Algumas ações possíveis incluem incentivar clínicas a registrar atendimentos no SUS Digital e promover a integração de dados, além de ampliar o reconhecimento formal das plataformas de desconto.
Com 80% das demandas de saúde podendo ser resolvidas na atenção primária e secundária, a nova geografia da saúde não se limita à divisão entre público e privado. O crescimento dos cartões de desconto, aliado à sobrecarga do SUS, exige respostas urgentes e abre espaço para inovações. A união de todos os atores envolvidos pode garantir um cuidado contínuo, acessível e de qualidade. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a terem acesso a cuidados de saúde adequados.
Na última sexta-feira, o Instituto Pactuá celebrou a formatura da 3ª turma do Programa de Mentoria, reunindo mais de 100 líderes negros e expandindo o programa para 91 duplas, com previsão de 150 na próxima edição.
Iphan rejeita proposta da Prefeitura de Diamantina para asfaltar ruas em área tombada, priorizando a preservação do calçamento em pedra, apesar das alegações de desgaste e necessidade de melhorias na mobilidade.
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Ana Aurora Borges, filha do fotojornalista Antonio Gaudério, luta para preservar o legado do pai após um acidente que resultou em perda de memória e sequelas. Ela revisita seu acervo e compartilha sua importância.
O BNDES destinou R$ 220 milhões à Blanver Farmoquímica para desenvolver 19 medicamentos, incluindo tratamentos oncológicos, visando aumentar a autonomia da indústria farmacêutica no Brasil. A medida é crucial, já que apenas 5% dos insumos são produzidos localmente, uma queda significativa em relação a 30 anos atrás.
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