O Censo 2022 indicou apenas 7,3% da população brasileira com deficiência, gerando controvérsias sobre a metodologia utilizada, que excluiu informações cruciais. A invisibilidade social compromete políticas públicas essenciais.

O Censo 2022 trouxe à tona uma significativa redução no número de pessoas com deficiência no Brasil, passando de 23,9% da população em 2010 para apenas 7,3% em 2022. Essa mudança, que representa cerca de 30 milhões de pessoas a menos, levanta sérias questões sobre a metodologia utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A nova abordagem, alinhada às diretrizes do Grupo de Washington, excluiu informações cruciais sobre deficiência em grande parte dos questionários aplicados.
O IBGE justificou a discrepância, afirmando que a comparação entre os censos de 2010 e 2022 não é viável devido às mudanças metodológicas. Em 2022, a maioria das residências recebeu o questionário básico, que não incluía perguntas sobre deficiência. Apenas um número limitado de domicílios teve acesso ao questionário ampliado, que permitia registrar essa informação. Essa situação evidencia um apagamento social das pessoas com deficiência, que pode resultar em uma falta de políticas públicas adequadas.
A ausência de dados precisos sobre a população com deficiência compromete a criação de programas sociais e a implementação de políticas de inclusão. Sem reconhecimento oficial, essas pessoas ficam à margem das ações do Estado, que se desobriga de garantir direitos básicos e serviços essenciais, como saúde e educação. A luta por visibilidade e direitos se torna ainda mais urgente diante desse cenário de invisibilidade.
A ativista Luciana Trindade destaca que a redução dos números não reflete a realidade, especialmente considerando o aumento dos diagnósticos de condições como o autismo. A falta de informações precisas pode levar a uma subnotificação, perpetuando a marginalização desse grupo. A situação é alarmante, pois milhões de pessoas com deficiência permanecem fora do radar das políticas públicas, condenadas à miséria e à exclusão.
O Censo 2022, que ocorreu apenas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), não deve ser visto como um evento isolado. A necessidade de uma nova coleta de dados, com metodologias adequadas, é evidente. O apagamento de 30 milhões de pessoas dos índices oficiais exige uma reavaliação cuidadosa, sob pena de perpetuarmos um capacitismo estrutural que nega a existência e os direitos das pessoas com deficiência.
Essa situação clama por ação. A sociedade civil deve se mobilizar para garantir que as vozes das pessoas com deficiência sejam ouvidas e que suas necessidades sejam atendidas. Projetos que visem a inclusão e a acessibilidade precisam de apoio e visibilidade, pois a união em torno dessas causas pode transformar realidades e promover justiça social.

Mestre Sombra celebra 50 anos à frente da Associação de Capoeira Senzala em Santos, com eventos programados de 27 de julho a 3 de agosto, destacando sua contribuição à cultura afro-brasileira. A celebração reunirá mestres de todo o Brasil, homenageando seu legado e fortalecendo a comunidade negra local.

Neste fim de semana, a cidade celebra sua nomeação como Capital Mundial do Livro 2025 com eventos culturais vibrantes, como a Feira de Artes e Culturas e a 17ª Festa Literária de Santa Teresa. Com atividades gratuitas, a programação inclui música, teatro e literatura, promovendo a diversidade e a inclusão.

A CPI das Bets convidou o padre Patrick Fernandes para depor sobre os impactos sociais das apostas online, após ele recusar propostas de divulgação e relatar vícios entre fiéis. A relatora, Soraya Thronicke, destacou a importância do testemunho para entender a ludopatia no Brasil e formular políticas públicas de proteção. O convite ainda precisa ser aprovado pelos membros da CPI.

Gabriella Di Grecco, atriz de produções da Disney, critica a invisibilidade da cultura do Centro-Oeste no audiovisual brasileiro e pede por narrativas mais inclusivas e complexas. Ela destaca que a região é frequentemente estereotipada e marginalizada, clamando por representatividade real e valorização de suas ricas tradições culturais.

O filme "A Melhor Mãe do Mundo", de Anna Muylaerte, retrata a luta de uma catadora para escapar de um relacionamento abusivo. Em entrevista à VEJA, Muylaerte e Seu Jorge discutem a relevância da obra e suas experiências pessoais.

Bruna Menezes, Miss Eco Rio de Janeiro, usará sua plataforma para destacar a sustentabilidade e a justiça social, abordando a falta de saneamento nas comunidades cariocas. Sua trajetória inspira meninas a sonhar.