Censo revela que 11,8 milhões de brasileiros residem em Unidades de Conservação, com 131 mil em áreas onde a habitação é ilegal, destacando a presença de comunidades quilombolas e indígenas.

Nesta sexta-feira, 11 de julho, o Censo revelou que 11.809.398 pessoas residem em Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, representando 5,8% da população total. A maioria vive em áreas onde a habitação é permitida, mas 131 mil pessoas estão em locais onde a residência é ilegal. As UCs são divididas em Unidades de Uso Sustentável, que permitem habitação, e Unidades de Proteção Integral, onde a presença humana é restrita, exceto em casos de povos tradicionais que ocupavam a região anteriormente.
As Áreas de Proteção Ambiental (APAs) abrigam 98% da população residente em UCs. No entanto, as irregularidades são preocupantes, especialmente em áreas como o Parque Estadual da Costa do Sol, onde operações policiais têm sido realizadas contra loteamentos ilegais. As ocupações em UCs muitas vezes surgem de autorizações específicas ou de conflitos fundiários não resolvidos, refletindo a complexidade da situação habitacional nessas áreas.
O Parque Estadual do Bacanga, no Maranhão, é a UC mais habitada, com trinta e um mil moradores, muitos dos quais receberam títulos precários de uso. Em outros parques, como o Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha, as ocupações também ocorreram antes da criação das unidades, levando a conflitos com a prefeitura do Rio de Janeiro. A presença de comunidades tradicionais, como pescadores e quilombolas, é significativa, mas também gera tensões em relação à conservação ambiental.
O Censo também destacou a diversidade étnica nas UCs. A população parda é a maioria, com cinquenta e um por cento, enquanto a população branca representa trinta e cinco vírgula oito por cento. A população quilombola, que é de dois vírgula trinta e nove por cento no Brasil, chega a vinte e um vírgula vinte e dois por cento nas UCs, totalizando duzentos e oitenta e dois mil duzentos e cinquenta e oito quilombolas. A presença indígena é igualmente relevante, com cento e trinta e dois mil indígenas vivendo nessas áreas.
As condições de moradia nas UCs são frequentemente precárias. Quarenta por cento dos residentes enfrentam problemas relacionados ao abastecimento de água, esgoto e coleta de lixo. Entre os que vivem em áreas rurais, esse índice sobe para oitenta e seis vírgula oito por cento. Além disso, oitocentos e cinquenta e seis mil quatrocentos e noventa e cinco moradores lidam com múltiplas precariedades simultâneas, um número que supera a média nacional.
Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a regularização fundiária e a melhoria das condições de vida nas UCs. A união em torno de projetos que visem ajudar essas comunidades pode fazer a diferença, garantindo que os direitos dos moradores sejam respeitados e que a conservação ambiental seja efetivamente promovida.

A Motiva se junta à TNFD, focando na conservação ambiental e na redução de impactos de suas rodovias. A empresa finaliza um estudo para implementar ações de proteção da fauna e reflorestamento.

Entre 20 e 29 de maio de 2025, o Ibama, em colaboração com a Cetesb e a Marinha do Brasil, conduziu a Operação Inventário no Porto de Santos e Guarujá, visando aprimorar a resposta a emergências ambientais. A ação envolveu a vistoria de terminais e a verificação de estruturas para lidar com vazamentos de óleo, com a participação de equipes de diversos estados. O relatório final, que detalhará as condições encontradas, será enviado aos órgãos competentes para garantir a regularização das inadequações.

Guano de pinguins na Antártida gera nuvens que influenciam o clima local, com amônia em concentrações superiores às do oceano. Estudo revela impacto potencial no aquecimento e resfriamento da superfície.

Uma emenda ao projeto de lei 2159/2021 foi aprovada no Senado, facilitando o desmatamento na Mata Atlântica ao revogar exigências do Ibama e permitir que municípios autorizem desmate sem estrutura adequada. O Ministério do Meio Ambiente e ONGs consideram a proposta inconstitucional e temem que ela aumente a destruição do bioma.

A Sabesp avança na coleta e tratamento de esgotos com contratos de água de reuso, incluindo um com o complexo do Anhembi, enquanto a Grande São Paulo utiliza apenas 1% da água recuperada.

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