Trinta por cento dos adultos brasileiros são analfabetos funcionais, mesmo com aumento na escolaridade. Dados do Inaf revelam estagnação preocupante, similar à observada em países da OCDE.
Dados recentes do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) revelam que trinta por cento dos adultos brasileiros são analfabetos funcionais. Essa taxa, que havia mostrado melhorias nos anos 2000, estagnou desde dois mil e nove. Mesmo entre os que completaram o ensino superior, doze por cento se enquadram nessa categoria, enquanto outros vinte e sete por cento apresentam apenas habilidades elementares, como resolver problemas matemáticos simples e identificar informações explícitas em textos.
As análises do Inaf, desenvolvidas pela ONG Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social, destacam que a estagnação dos índices de alfabetismo funcional ocorre em um contexto de aumento da escolaridade no Brasil. Uma leitura apressada poderia sugerir que a expansão do ensino foi ineficaz, mas os dados mostram que a situação seria ainda pior sem essa ampliação das matrículas. O primeiro indicador a comprovar isso é que, quanto maior o nível de escolaridade, menores são os índices de analfabetismo funcional.
Além disso, as gerações mais jovens apresentam resultados significativamente melhores que as mais velhas. Apesar disso, a qualidade da formação básica continua sendo um problema grave, conforme evidenciado por avaliações oficiais de aprendizagem. A estagnação nos indicadores de alfabetização funcional entre adultos no Brasil exige investigação mais aprofundada sobre suas causas.
Comparações internacionais também são relevantes. Em dois mil e vinte e dois, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou resultados de uma pesquisa em trinta e uma nações, onde dezoito por cento dos adultos não atingiram os níveis mais básicos de proficiência em linguagem e matemática. Assim como no Brasil, muitos países ricos enfrentam a estagnação das habilidades, mesmo com a expansão da escolaridade, especialmente no acesso ao ensino superior.
O levantamento da OCDE revela que qualificações educacionais mais elevadas não garantem melhores habilidades. Por exemplo, adultos que completaram apenas o ensino médio na Finlândia ou na Suécia têm desempenho superior ao de diplomados no ensino superior em países como Chile, Portugal, Itália e Espanha. Essa realidade reforça a necessidade de buscar soluções que vão além da escola, uma vez que o ciclo de aprendizagem de um indivíduo não se encerra na diplomação.
É fundamental que a sociedade civil se mobilize para enfrentar esses desafios educacionais. Projetos que visem melhorar a qualidade do ensino e promover a alfabetização funcional podem ter um impacto significativo na vida de muitos brasileiros. A união em torno de iniciativas que apoiem a educação é essencial para transformar essa realidade e garantir um futuro melhor para todos.
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