A cetamina, anestésico com uso crescente no tratamento da depressão resistente, enfrenta barreiras de acesso no Brasil, levando pacientes a recorrerem à Justiça para garantir o tratamento. Embora aprovada para uso psiquiátrico, a terapia é frequentemente negada por planos de saúde, resultando em ações judiciais que costumam ser favoráveis aos pacientes. O custo elevado das sessões, que pode ultrapassar R$ 3 mil, e a necessidade de supervisão médica complicam ainda mais o acesso.

A cetamina, um anestésico utilizado desde os anos 70, ganhou destaque como tratamento para depressão resistente, especialmente após aprovações nos Estados Unidos e Brasil. Estudos recentes demonstram a eficácia rápida da cetamina e de seu derivado, Spravato, em pacientes que não respondem a tratamentos convencionais. No entanto, o acesso a esses tratamentos é dificultado por negativas de planos de saúde e altos custos, levando muitos a buscar a Justiça para garantir a cobertura.
Desde a aprovação da escetamina em 2019 nos Estados Unidos, e em 2020 no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a utilização da cetamina no contexto psiquiátrico tem se expandido. Especialistas afirmam que a terapia pode custar cerca de R$ 3 mil por sessão, o que torna o tratamento inacessível para muitos. Fernando Aith, diretor do Centro de Pesquisas em Direito Sanitário da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), destaca que, apesar da não inclusão no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), há jurisprudência que obriga os planos a custear o tratamento quando há evidências científicas de sua eficácia.
O coordenador do grupo que conduziu testes com o Spravato na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lucas Quarantini, ressalta que a cetamina é indicada para pacientes que não respondem a pelo menos dois antidepressivos diferentes. Os resultados dos estudos mostram que a cetamina pode proporcionar alívio rápido dos sintomas depressivos, com melhorias observadas em horas ou dias, ao contrário dos antidepressivos convencionais que levam semanas para apresentar efeitos.
Embora a versão intravenosa da cetamina seja considerada off-label, ela tem mostrado resultados positivos em estudos, como o realizado pela Universidade de Michigan, onde 52% dos pacientes alcançaram remissão após três infusões. A psiquiatra Taylor Reis, que realiza o tratamento há seis anos, afirma que apenas dois dos 46 pacientes tratados não apresentaram benefícios. O tratamento deve ser feito em ambiente hospitalar, com supervisão médica rigorosa, para garantir a segurança do paciente.
Apesar das evidências de eficácia, muitos pacientes enfrentam negativas dos planos de saúde. Dados da ANS indicam que, desde 2023, foram registradas pelo menos 53 reclamações relacionadas a negativas de cobertura. Ana Carolina Lemos Freire, advogada especializada em Direito do Consumidor e Direito à Saúde, relata que o Judiciário tem frequentemente decidido a favor dos pacientes, considerando a necessidade de tratamentos alternativos para aqueles que não obtiveram sucesso com outras opções.
A realidade é que o acesso à cetamina ainda é limitado, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), onde a incorporação do tratamento é um desafio. Enquanto alguns serviços públicos oferecem a terapia, a demanda é alta e a infraestrutura necessária para a aplicação eleva os custos. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, proporcionando apoio a iniciativas que busquem facilitar o acesso a tratamentos essenciais para a saúde mental.

Fortaleza avança no tratamento oncológico com a inauguração do Núcleo de Atendimento em Oncologia no Hospital Oto Aldeota, resultado da parceria entre o CRIO e a Rede Oto. O novo espaço oferece atendimento humanizado e equipe multiprofissional, garantindo cuidados personalizados e suporte integral aos pacientes.

Brasil registra mais de um milhão de casos de dengue em 2025, com São Paulo em emergência. O país contabilizou 1.019.033 casos e 681 mortes até abril, embora os números sejam 75,1% menores que em 2024. Medidas de saúde foram intensificadas, especialmente em São Paulo, que enfrenta a maior carga da doença.

O câncer de pâncreas, responsável por cerca de 12 mil mortes anuais no Brasil, é uma das formas mais letais da doença, com diagnóstico frequentemente tardio. Fatores como tabagismo e obesidade aumentam o risco.

Priscila Fantin compartilhou que começou a sentir os sintomas da transição hormonal durante a "Dança dos Famosos", destacando a necessidade de compreensão sobre o climatério. Especialistas alertam que essa fase pode durar até uma década e afeta a qualidade de vida das mulheres.

Brasil enfrenta uma epidemia de diabetes, com projeções alarmantes para 2050. Especialistas pedem ações urgentes. O diabetes, uma das maiores crises de saúde pública do século XXI, afeta milhões no Brasil, onde mais de 16 milhões de pessoas convivem com a doença, a maioria sem diagnóstico. Projeções indicam que até 2050, o número de brasileiros com diabetes pode ultrapassar 51,5 milhões, impulsionado por fatores como envelhecimento, sedentarismo e obesidade. A endocrinologista Tarissa Petry destaca a importância do diagnóstico precoce e do acesso a exames simples para evitar complicações graves. Além disso, a hiperglicemia gestacional já afeta uma em cada cinco gestações, exigindo rastreio adequado. O impacto econômico é significativo, com gastos anuais superiores a R$ 42 bilhões. A urgência de políticas públicas de prevenção e rastreamento é evidente, especialmente na América Latina, onde o crescimento da doença ameaça a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Nanopartículas de prata do fungo Trichoderma reesei mostram potencial no combate à COVID-19, inibindo infecções e reduzindo inflamações pulmonares em hamsters. Estudo abre portas para novas terapias.