No Festival LED, Chimamanda Ngozi Adichie e Conceição Evaristo destacaram a importância da diversidade na literatura e a força transformadora das histórias, promovendo uma troca simbólica de obras. A interação entre as autoras reforçou o compromisso de reescrever narrativas, valorizando a experiência negra e a educação como caminhos para empoderar jovens.

No segundo dia do Festival LED, a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie foi recebida com uma vibrante apresentação cultural, que incluiu tambores e danças do Jongo, Passinho e do Bloco Afro Agbara Dudu. A autora, conhecida por sua obra “A contagem dos Sonhos”, expressou sua emoção ao vivenciar a intensidade da cultura brasileira, afirmando: “Eu amo o Brasil e fiquei muito emocionada com a performance apresentada”. Adichie destacou a importância da educação e da diversidade na literatura durante a mesa “Reescrevendo o mundo com Chimamanda Ngozi Adichie, uma página de cada vez”, mediada pela jornalista Aline Midlej.
A escritora relembrou uma professora que a incentivou a se tornar escritora quando tinha apenas dez anos. Para Adichie, é fundamental que meninas, especialmente as negras, sejam encorajadas a sonhar e a escrever suas próprias histórias. “Nós ensinamos garotos e garotas de formas diferentes, garotas crescem se desculpando por sonhar”, disse ela, enfatizando a necessidade de ensinar confiança às meninas e novos pontos de vista aos meninos.
Adichie também abordou o papel das redes sociais como um espaço de protagonismo juvenil, onde jovens podem compartilhar suas vivências, muitas vezes ignoradas pela mídia tradicional. Ela defendeu que mostrar pessoas negras felizes e complexas é um ato político essencial, ressaltando a importância da diversidade de vozes na literatura e em outros contextos da vida.
O momento mais emocionante da mesa ocorreu quando a escritora e educadora brasileira Conceição Evaristo subiu ao palco, recebendo uma calorosa ovada do público. Evaristo trouxe à discussão o conceito de escrevivência, que valoriza a experiência negra na produção literária. “Escrever é para além da construção vocabular. É um processo que potencializa a escrita e a voz das histórias do povo preto”, afirmou.
O encontro entre as duas autoras culminou em uma troca simbólica de obras. Conceição leu um trecho do romance “Americanah”, enquanto Adichie retribuiu com uma leitura de “Ponciá Vicêncio”. O público definiu essa interação como “duas vozes, dois continentes, um mesmo compromisso — o de reescrever o mundo, página por página”.
Eventos como o Festival LED são fundamentais para promover a diversidade cultural e a literatura. A união de vozes e experiências pode inspirar ações que beneficiem a sociedade. Projetos que valorizem a cultura e a educação merecem apoio, pois podem transformar realidades e fortalecer a comunidade.

Em 2025, o Projeto Aquarius celebra os 100 anos do jornal O GLOBO com um concerto gratuito na Praça Mauá, reunindo grandes artistas como Martinho da Vila e Roberta Miranda. O evento destaca a diversidade cultural do Brasil.

A São Paulo Escola de Dança oferece curso gratuito de extensão em "Maquiagem e Visagismo na Construção de Espetáculos", com 20 vagas disponíveis. Inscrições abertas até 17 de maio.

A 15ª edição do "Dia dos Povos Indígenas" acontece no Parque Lage, de 18 a 21 de abril, com programação gratuita. O evento reunirá cerca de 400 indígenas de mais de 30 etnias, oferecendo exposições de artesanato, danças, palestras e oficinas. A presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã, Marize Guarani, destaca a importância da celebração para reconhecer a diversidade cultural e a resistência dos povos originários. A programação inclui atividades para todas as idades, como narração de histórias e rodas de conversa sobre os desafios atuais enfrentados pelos indígenas.

Vândalos tentaram furtar as esculturas de bronze do Chafariz dos Jacarés, no Rio, causando danos ao monumento. As peças serão retiradas para proteção, enquanto a prefeitura planeja reparos na estrutura.

Captação via Lei Rouanet atinge R$ 302 milhões entre janeiro e março de 2025, superando recorde anterior em 70%. O incentivo cultural cresce, refletindo forte apoio a projetos.

Cinemas de rua na Zona Norte do Rio de Janeiro enfrentam abandono, mas iniciativas culturais buscam revitalizá-los, como a reabertura do CineCarioca Penha e projetos de preservação histórica. A luta pela memória cultural e a reativação desses espaços é vital para a vida comunitária, refletindo a necessidade de políticas públicas efetivas e engajamento da sociedade civil.