Cine Ipiranga reabre por um dia para a 1ª Mostra Angústia de Cinema, com curtas inéditos e debates, celebrando sua história e promovendo reflexão social. Evento gratuito acontece no sábado, 12.
O Cine Ipiranga, um ícone da arquitetura modernista inaugurado em mil novecentos e quarenta e três, reabre suas portas por um dia no próximo sábado, doze de agosto, para a 1ª Mostra Angústia de Cinema. O evento, que ocorrerá das 14h às 23h, traz uma programação repleta de curtas-metragens inéditos, painéis de discussão e performances artísticas, tudo com entrada gratuita. Essa reocupação do espaço, que estava abandonado desde dois mil e cinco, é uma iniciativa do ateliê de arte experimental Angústia.
Durante o evento, serão exibidos seis curtas-metragens que abordam o conceito de "angústia", explorando temas como a violência contra a mulher e as crises socioambientais na Amazônia. As produções, realizadas em parceria com a MyMama Entertainment, foram dirigidas por Fabrício Brambatti, conhecido como Urso Morto. A programação inicia com "As 7 Mortes de Pedro", que já foi exibido em um festival de curtas em São Paulo e explora a ideia de um menino que acredita que existem apenas sete formas de morrer.
Outros curtas que farão parte da mostra incluem "Brasil Impossível", que discute a divisão do país entre amor e ódio, e "Meu Coração Já Não Aguenta Mais", que retrata sonhos destruídos por um futuro corrompido. A mostra também apresentará "Cativeiro", que aborda as prisões criadas pelos indivíduos em suas próprias vidas. Ao final das exibições, haverá painéis de discussão com especialistas, incluindo Vera Iaconelli, psicóloga, e Maria Beatriz Nogueira, chefe do escritório do ACNUR em São Paulo.
Além das exibições, o evento contará com uma exposição fotográfica que reúne trabalhos de Fabrício Brambatti, Tommaso Protti e outros membros do coletivo Angústia. A entrada é franca, e os ingressos podem ser reservados pelo Sympla ou retirados diretamente no Cine Ipiranga no dia do evento. Mesmo com a maioria dos ingressos já esgotados, a produção garante que haverá entradas disponíveis na hora.
O Cine Ipiranga, tombado como patrimônio histórico em dois mil e quatorze, foi um importante ponto cultural em São Paulo, projetado por Rino Levi. Após anos de abandono, a mostra representa uma oportunidade de revitalizar o espaço e reestabelecer sua relevância cultural. A iniciativa visa não apenas a exibição de filmes, mas também a promoção de discussões sobre temas sociais urgentes.
Eventos como a 1ª Mostra Angústia de Cinema são fundamentais para a reativação de espaços culturais e para a discussão de questões sociais. A união da comunidade pode ser um motor poderoso para apoiar e promover projetos que buscam transformar a realidade ao nosso redor, trazendo à tona a importância da arte e da cultura na luta por mudanças sociais.
Indígenas Matis do Vale do Javari estreiam documentário em Paris, ressaltando a importância da filmagem para preservar sua cultura e conectar mundos distintos.
Os repasses de direitos autorais no cinema brasileiro alcançaram R$ 42,1 milhões em 2024, um aumento de 86% em relação ao ano anterior, beneficiando 49,6 mil artistas. O Ecad destaca que este é o segundo maior valor desde 2015, refletindo a valorização das trilhas sonoras no setor.
Governo Federal destaca crescimento de 261% na captação de recursos culturais no Amapá, com investimento histórico de R$ 31,89 milhões, promovendo diálogo entre cultura e empresariado.
A 15ª edição do "Dia dos Povos Indígenas" acontece no Parque Lage, de 18 a 21 de abril, com programação gratuita. O evento reunirá cerca de 400 indígenas de mais de 30 etnias, oferecendo exposições de artesanato, danças, palestras e oficinas. A presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã, Marize Guarani, destaca a importância da celebração para reconhecer a diversidade cultural e a resistência dos povos originários. A programação inclui atividades para todas as idades, como narração de histórias e rodas de conversa sobre os desafios atuais enfrentados pelos indígenas.
João Moreira Salles lança "Minha terra estrangeira" no festival É Tudo Verdade, abordando a realidade indígena no Brasil com debates programados. O filme é uma colaboração com o Coletivo Lakapoy.
Netflix investe R$ 5 milhões na reforma da Sala Oscarito da Cinemateca Brasileira, em parceria com o BNDES, totalizando R$ 15 milhões. A revitalização visa modernizar a infraestrutura e preservar a memória audiovisual.