Indígenas Matis do Vale do Javari estreiam documentário em Paris, ressaltando a importância da filmagem para preservar sua cultura e conectar mundos distintos.
Os indígenas Pixi Kata Matis e Damba Matis, do Vale do Javari, apresentaram seu documentário "Matses Muxan Akadakit" em Paris, durante sua primeira viagem à Europa. Com o apoio do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), eles aprenderam a filmar sua cultura, destacando a importância dessa prática para preservar suas tradições e compartilhar experiências entre diferentes mundos.
Equipados com câmeras digitais, os Matis registraram sua passagem pela capital francesa. O documentário, que retrata um ritual significativo de tatuagem facial, foi gravado entre 2018 e 2019 e já foi exibido em países como Alemanha e Bélgica. A comunidade Matis, que viveu isolada até a década de 1970, agora enfrenta desafios e oportunidades em um mundo interconectado.
Pixi, de trinta e um anos, expressou sua emoção ao chegar a uma metrópole pela primeira vez, ressaltando a diferença entre as culturas. Ele afirmou que o futuro de seu povo é "viver entre dois mundos", mantendo suas tradições enquanto se adapta ao mundo ocidental. Damba, de vinte e cinco anos, enfatizou a importância da filmagem como uma ferramenta para documentar sua cultura e experiências.
O documentário foi exibido no College of France, uma instituição que historicamente estudou povos indígenas sem dar-lhes voz. Damba Matis, presidente da Associação dos Indígenas Matis, destacou que a câmera é essencial para registrar a cultura e as vivências da comunidade. Os anciãos da aldeia aguardam ansiosamente o retorno dos cineastas para ver as imagens e ouvir sobre a Europa.
Além da apresentação em Paris, os Matis estão desenvolvendo novos projetos audiovisuais, incluindo documentários sobre festivais locais e a espiritualidade amazônica. Lionel Rossini, consultor audiovisual, mencionou que um novo grupo de jovens está se preparando para continuar o trabalho iniciado por Pixi e Damba, mostrando a continuidade e a evolução da produção cultural na comunidade.
Iniciativas como a dos Matis são fundamentais para a preservação cultural e a troca de saberes. O apoio da sociedade civil pode ser decisivo para garantir que essas vozes continuem sendo ouvidas e que suas histórias sejam contadas. A união em torno de projetos culturais pode impactar positivamente a vida de comunidades indígenas, promovendo a valorização de suas tradições e a construção de um futuro mais inclusivo.
O chef Vitor Oliveira, do Instituto de Artes Culinárias Le Cordon Bleu São Paulo, destaca a crescente demanda por pratos plant-based, evidenciada pelo esgotamento rápido de um jantar exclusivo e pela ampliação do currículo da escola. A busca por cursos vegetarianos aumentou 50% em março de 2025, levando à criação de novas formações em culinária e confeitaria.
A 15ª edição do "Dia dos Povos Indígenas" acontece no Parque Lage, de 18 a 21 de abril, com programação gratuita. O evento reunirá cerca de 400 indígenas de mais de 30 etnias, oferecendo exposições de artesanato, danças, palestras e oficinas. A presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã, Marize Guarani, destaca a importância da celebração para reconhecer a diversidade cultural e a resistência dos povos originários. A programação inclui atividades para todas as idades, como narração de histórias e rodas de conversa sobre os desafios atuais enfrentados pelos indígenas.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal lançou o bloco Cultura Viva, com mais de R$ 6 milhões em editais para projetos culturais. A iniciativa visa fortalecer a cultura local e garantir transparência no processo de seleção.
A exposição "Superfine: Tailoring Black Style" no Met Costume Institute revela a evolução do dandyismo negro, destacando sua transformação de símbolo de escravidão a expressão de identidade e resistência. A mostra, que abre ao público em dez de maio, explora mais de três séculos de representações artísticas, evidenciando a complexidade da moda e da cultura negra na arte europeia.
No dia 05 de julho de 2025, Lígia Helena lançará dois livros na Casa da Palavra, em Santo André, abordando a adolescência periférica e a pedagogia do afeto. O evento contará com apresentações de educadores e música ao vivo.
A Petrobras anunciou um investimento de R$ 50 milhões na produção de 26 longas-metragens até 2026, incluindo a remasterização de "Carlota Joaquina". A iniciativa reforça seu apoio ao cinema brasileiro.