Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) criaram a cisterna móvel, inspirada em plantas xerófilas, para captar água em regiões áridas, visando mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) desenvolveram uma cisterna móvel, inspirada em plantas xerófilas, para captar água em regiões áridas do Semiárido brasileiro. Essa inovação surge em um contexto de aumento das áreas áridas, intensificação das secas e perda de biodiversidade, exigindo soluções tecnológicas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O projeto, que faz parte do programa Capes Emergências Climáticas, visa otimizar o armazenamento de água em locais que enfrentam longos períodos de estiagem.
Humberto Barbosa, meteorologista e fundador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da UFAL, destaca que a situação climática no Semiárido se agravou, com regiões como o Seridó paraibano e o sul do Piauí enfrentando até onze meses sem chuvas. A cisterna móvel foi projetada para se deslocar em busca de água, permitindo que os moradores armazenem o líquido precioso em tempos de escassez. Barbosa enfatiza a necessidade de adaptação às novas realidades climáticas, onde a chuva não é mais garantida.
A cisterna móvel foi concebida com base em características de plantas como o mandacaru e a coroa-de-frade, utilizando princípios da biomimética. Essa abordagem busca replicar soluções da natureza em tecnologias sustentáveis. A estrutura conta com funis que captam água da chuva e um sistema de comunicação que informa os proprietários sobre previsões meteorológicas, permitindo que se desloquem para locais onde a chuva ocorrerá.
O projeto, que aguarda a oficialização da patente, também prevê um sistema de filtragem inspirado no umbuzeiro. A colaboração entre a UFAL e a Articulação de Semiárido Brasileiro (ASA) é fundamental para ampliar as formas de mitigação das secas. Mardônio Alves, coordenador executivo da ASA, ressalta a importância de tecnologias que atendam às necessidades da população, especialmente em um cenário onde a evaporação da água é intensificada.
Desde sua criação em mil novecentos e noventa e nove, o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) já beneficiou cerca de um milhão e trezentas mil famílias no Semiárido, garantindo acesso à água potável. As cisternas convencionais, embora eficazes, enfrentam desafios devido à degradação do solo e à evaporação acelerada. A cisterna móvel surge como uma alternativa inovadora para enfrentar esses desafios e garantir a segurança hídrica das comunidades.
Com a crescente necessidade de soluções adaptativas às mudanças climáticas, a união entre universidades e organizações civis é essencial. Projetos como a cisterna móvel podem transformar a realidade de muitas famílias no Semiárido. A mobilização da sociedade civil é crucial para apoiar iniciativas que visem a melhoria das condições de vida e a resiliência das comunidades afetadas pela seca.
Quatro araras-canindé foram reintroduzidas no Parque Nacional da Tijuca, após 200 anos de extinção na região. O projeto, apoiado pelo ICMBio, visa a adaptação das aves antes da soltura completa em seis meses.
O governador do Pará, Helder Barbalho, defendeu o Curupira como mascote da COP30, após críticas do deputado Nikolas Ferreira. A escolha visa valorizar a cultura e a proteção ambiental no evento.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desapropriação de imóveis com incêndios criminosos e desmatamento ilegal, visando proteger a Amazônia e o Pantanal. A decisão busca romper o ciclo de impunidade e reforçar a proteção ambiental.
Subprefeitura embarga obra em Copacabana após corte irregular de árvores nativas, configurando crime ambiental. Empresas responsáveis serão notificadas e fiscalizações serão intensificadas na área.
A Fundação Grupo Boticário lançou a campanha "ON pela Natureza", interrompendo a programação do Canal OFF para promover a conscientização ambiental e plantou 1.440 árvores. A ação gerou grande engajamento nas redes sociais.
O Brasil se prepara para sediar a COP30 em novembro de 2023, enfrentando desafios nas negociações climáticas e buscando consenso no Brics sobre metas e financiamento. O presidente Lula destaca a urgência de ações concretas.