Antonio Basile presenteou seu filho e nora com uma colmeia de abelhas-europeias, que inspirou a criação da Mbee, uma das maiores distribuidoras de mel nativo do Brasil, unindo 80 meliponicultores em 16 estados.
Numa tarde de outono, o cafeicultor Antonio Basile decidiu presentear seu filho e nora com uma colmeia de abelhas-europeias. A entrega ocorreu na fazenda São Martinho de Itaicá, em Atibaia, a apenas doze quilômetros de sua propriedade, a Bocaina, localizada em Bragança Paulista. O espaço amplo da fazenda, cercado pela mata atlântica, foi escolhido para abrigar a colmeia, que se tornaria o ponto de partida para uma nova jornada na vida do casal.
Márcia e Eugênio Basile, que buscavam novas oportunidades, se encantaram com a apicultura após a instalação da colmeia. Em um passeio a cavalo, avistaram um enxame de abelhas e decidiram iniciar a produção de mel. A primeira experiência foi com mel de altitude da Mantiqueira, utilizando a espécie Apis mellifera, conhecida como abelha-europeia. O interesse pelo mundo das abelhas cresceu, levando o casal a pesquisar e viajar para conhecer outras espécies.
Em 2015, durante uma visita à Bahia, o casal conheceu um produtor de mel mandaçaia, que surpreendeu Eugênio pelo sabor único. Ele notou que não havia marcas de mel nativo no Brasil, o que despertou ainda mais seu interesse. Assim, Márcia e Eugênio fundaram a Mbee, uma das maiores distribuidoras de mel nativo do país, estabelecendo parcerias com oitenta meliponicultores em dezesseis estados.
A Mbee oferece uma variedade de mel, incluindo o de jataí, que possui doçura média e harmoniza bem com queijos e saladas. O mel mandaçaia, de doçura baixa, é ideal para drinques e pratos da gastronomia. O raro mel mombucão, com baixo dulçor, é recomendado para receitas salgadas, enquanto o mel de tiuba, com seu sabor floral, é muito apreciado na confeitaria. Esses produtos também são utilizados na produção de cervejas e licores.
Os Basile ressaltam que o Brasil abriga cerca de trezentas espécies de abelhas nativas, mas o consumo de mel nativo ainda é baixo. Márcia expressa sua preocupação com a extinção das abelhas brasileiras, que enfrentam ameaças devido à destruição de seus habitats. A colmeia presenteada por Antonio Basile continua a produzir mel em Itaicá, simbolizando o início de uma nova era para a família.
Iniciativas como a da Mbee são fundamentais para a preservação das abelhas e a valorização do mel nativo. A união da sociedade civil pode impulsionar projetos que promovam a apicultura sustentável e a defesa das abelhas, contribuindo para a biodiversidade e o fortalecimento da economia local.
A Food to Save, startup paulista, completa quatro anos, triplica seu tamanho e prevê faturar R$ 160 milhões em 2025, evitando mais de 5.400 toneladas de desperdício alimentar. Com mais de 10.000 parceiros, a empresa atrai consumidores com sacolas-surpresa de produtos perto do vencimento, gerando engajamento e novas receitas para os comerciantes.
Campo Grande inicia plano de erradicação da leucena, planta exótica que ameaça a biodiversidade. A medida proíbe plantio e comércio, visando restaurar ecossistemas nativos e proteger a fauna local.
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Movimentos sociais planejam mobilizar 15 mil pessoas durante a COP30 em Belém, pressionando o governo Lula por justiça climática e demarcação de terras, em meio a críticas à exploração de petróleo.
Ana Bógus, presidente da Beiersdorf no Brasil, acredita que a COP-30 pode impulsionar a sustentabilidade no setor de cuidados pessoais, promovendo debates sobre economia circular e acesso a matérias-primas sustentáveis. A empresa já eliminou microplásticos de suas fórmulas e busca alternativas biodegradáveis.
O programa de voluntariado da COP30, que ocorrerá em Belém, preencheu apenas 54,6% das vagas, com 2.375 pré-selecionados. A seleção final será divulgada em 14 de setembro, e os voluntários atuarão em diversas funções durante o evento.