A Conitec abriu consulta pública para incluir o Wegovy (semaglutida 2,4 mg) no SUS, visando atender pacientes com obesidade e histórico cardiovascular. Se aprovado, será o primeiro medicamento disponível na rede pública.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) iniciou uma consulta pública para discutir a inclusão do Wegovy (semaglutida 2,4 mg) no Sistema Único de Saúde (SUS). Se aprovado, este será o primeiro medicamento para o tratamento da obesidade disponível na rede pública. A avaliação foca em pacientes com obesidade e histórico de doença cardiovascular, sem diabetes, a partir de 45 anos.
A consulta pública permite que a sociedade civil e a classe médica enviem suas opiniões até 30 de junho. O Wegovy é o primeiro tratamento para obesidade com comprovação de benefícios cardiovasculares e é um análogo semanal do GLP-1 aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para pessoas com sobrepeso e comorbidades relacionadas ao peso.
Atualmente, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do SUS recomenda apenas mudanças de estilo de vida, como dieta e atividade física, e cirurgia bariátrica em casos mais graves. Contudo, muitos pacientes não respondem adequadamente a essas intervenções e não são elegíveis para cirurgia, criando uma lacuna significativa no tratamento.
Priscilla Mattar, vice-presidente da Área Médica da Novo Nordisk no Brasil, destacou que a semaglutida 2,4 mg pode oferecer uma opção farmacológica eficaz para aqueles que precisam de uma intervenção antes de considerar a cirurgia ou que desejam manter a perda de peso significativa.
Dados do Atlas Mundial da Obesidade 2025 indicam que um bilhão de pessoas vive com sobrepeso globalmente, com previsão de aumento para 1,5 bilhão até 2030. No Brasil, quase um terço dos adultos é afetado pela obesidade, com 68% vivendo com sobrepeso. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) revelou que R$ 1,5 bilhão foi gasto em 2019 no tratamento de doenças crônicas relacionadas ao excesso de peso.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem melhorar o acesso a tratamentos eficazes para a obesidade, beneficiando aqueles que mais precisam de apoio e intervenções adequadas.

A OPAS promoveu reunião em São Paulo para discutir a eliminação da sífilis, destacando um aumento de 40% nos casos de sífilis congênita entre 2016 e 2023 nas Américas, afetando populações vulneráveis.

Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México (UNM) estão prestes a iniciar testes clínicos de uma vacina experimental contra Alzheimer, focando na proteína tau. A vacina, que já demonstrou eficácia em animais, visa prevenir a progressão da doença ao estimular uma resposta imunológica robusta.

Estudo revela que 27% dos pacientes com doença de Chagas e insuficiência cardíaca apresentam déficit cognitivo, em comparação a 13% no grupo sem a doença, sugerindo mecanismos inflamatórios. Pesquisadores da UFBA e UFMG destacam a necessidade de estratégias de comunicação para melhorar a adesão ao tratamento.

Estudo revela que poucos minutos de exercícios diários reduzem risco cardíaco em mulheres. Pesquisadores analisaram dados de mais de 22 mil pessoas e encontraram que apenas 3,4 minutos de atividade intensa diminuem em até 67% o risco de insuficiência cardíaca.

A vacina nonavalente Gardasil 9, disponível na rede privada, oferece proteção adicional contra o HPV, aumentando a eficácia contra câncer. O SUS adotará dose única para ampliar a cobertura vacinal.

Cerca de 46% dos diabéticos brasileiros não têm diagnóstico ou tratamento adequado, enquanto novas tecnologias, como o SMART MedLevensohn, prometem revolucionar o monitoramento da glicose.