O Conselho Nacional de Educação (CNE) propõe a inclusão de inteligência artificial (IA) nos currículos de pedagogia e licenciatura, visando modernizar o ensino e melhorar a aprendizagem. A iniciativa, liderada por Celso Niskier, busca integrar a tecnologia nas escolas, com experiências bem-sucedidas em São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto se alerta para a necessidade de avaliações dos resultados pedagógicos.
O Conselho Nacional de Educação (CNE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), está se preparando para incluir o ensino sobre inteligência artificial (IA) nos currículos de pedagogia e licenciatura. Essa proposta, liderada pelo relator Celso Niskier, visa modernizar a educação e aproveitar o potencial da tecnologia para atender às necessidades individuais dos alunos. A adoção de IA nas escolas é vista como uma oportunidade valiosa para melhorar a qualidade do ensino, especialmente nas instituições públicas.
Experiências positivas em estados como São Paulo e Rio de Janeiro demonstram o impacto positivo da IA na educação. Em São Paulo, a tecnologia já é utilizada na correção de deveres de casa, enquanto no Rio de Janeiro, a plataforma Professor IA, desenvolvida pelo grupo Eureka, permite que avatares interajam com os alunos, esclarecendo dúvidas e corrigindo atividades. O Espírito Santo também se destaca, utilizando a tecnologia da Letrus para ajudar alunos do ensino médio a se prepararem para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Apesar dos avanços, críticos apontam que é necessário resolver problemas básicos nas escolas, como a falta de infraestrutura adequada, antes de implementar novas tecnologias. No entanto, essa visão ignora a realidade de outros países, onde a inovação não espera a resolução de todas as questões. É fundamental que as escolas públicas não fiquem para trás em relação às privadas, garantindo que todos os alunos tenham acesso a recursos educacionais modernos.
O CNE enfatiza que o objetivo da inclusão da IA é capacitar os professores a utilizarem essas ferramentas de forma eficaz, evitando um uso mecânico da tecnologia. É essencial que a formação de educadores aborde também as limitações dos algoritmos, que podem conter informações erradas ou enviesadas. A utilização da IA deve ser uma forma de facilitar a aprendizagem, não de substituir o esforço dos alunos.
Embora a adoção da IA na educação seja promissora, é crucial realizar avaliações detalhadas dos resultados pedagógicos. A popularidade da tecnologia pode levar a sua utilização como uma estratégia de promoção política, sem que haja ganhos reais no aprendizado. Portanto, a implementação deve ser acompanhada de uma análise rigorosa para garantir que os benefícios sejam concretos e duradouros.
Nessa perspectiva, a união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar projetos que promovam a inclusão da tecnologia nas escolas. A mobilização em torno da educação é essencial para garantir que todos os alunos, independentemente de sua origem, tenham acesso a um ensino de qualidade e às ferramentas necessárias para seu desenvolvimento. A colaboração pode fazer a diferença na construção de um futuro mais igualitário e inovador.
Estão abertas as inscrições para o curso gratuito "Carreira de Excelência", promovido pela Fundação Estudar em treze cidades do Brasil, com foco no desenvolvimento profissional de jovens universitários. O curso oferece encontros presenciais e online, com bolsas integrais e um projeto prático para impulsionar carreiras. As inscrições vão até 31 de maio.
O Brasil enfrenta uma grave crise em formação nas áreas de STEM, com apenas 13% de formandos, estagnação na última década e alta evasão, comprometendo sua competitividade e inovação.
A Fundação Bradesco e a Microsoft lançaram novos cursos gratuitos online em inteligência artificial, visando inclusão digital e qualificação profissional. Com quase 4,5 milhões de matrículas desde 2021, a iniciativa busca suprir a demanda por profissionais na área de tecnologia.
O Censo Escolar 2024 revelou 47,1 milhões de matrículas no Brasil, com crescimento no Ensino Médio e na educação profissional. O governo lançou o programa "Juros por Educação" para fomentar a educação técnica.
Estudantes e pesquisadores brasileiros enfrentam desafios com a suspensão de vistos dos EUA. Lorena Souza, bolsista da Nasa, e Luiz Gustavo Pimenta Martins, ex-pesquisador em Harvard, exemplificam essa realidade. A Fapesp oferece 40 bolsas para atrair talentos, destacando a necessidade de investimento em ciência.
O Ministério da Educação (MEC) lançou o programa "Na Ponta do Lápis", que visa promover educação financeira e fiscal para alunos do ensino fundamental e médio, especialmente os do programa Pé-de-Meia. A iniciativa inclui capacitação contínua para educadores e busca fortalecer a autonomia e cidadania crítica dos estudantes.