André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destaca a urgência de união global contra mudanças climáticas, alertando para desafios nas metas climáticas e financiamento. A conferência em Belém reunirá mais de 190 países.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP30, ocorrerá em novembro de 2023, em Belém, reunindo representantes de mais de 190 países. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou a necessidade de união global para enfrentar uma "perigosa tendência" nas mudanças climáticas. Em uma carta divulgada, ele enfatizou que a colaboração entre nações é crucial para evitar colapsos sistêmicos e promover ações sustentáveis.
Corrêa do Lago mencionou que o momento atual é marcado por desafios geopolíticos, socioeconômicos e ambientais. Ele defendeu o fortalecimento do multilateralismo, com os países trabalhando juntos para implementar medidas eficazes contra as mudanças climáticas. O presidente também ressaltou a importância de conectar as questões climáticas à vida cotidiana das pessoas, acelerando a implementação do Acordo de Paris.
O Acordo de Paris, assinado em 2015, visa limitar o aquecimento global a menos de 2°C e, se possível, a 1,5°C. Além disso, prevê a transferência de recursos financeiros dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento, a fim de proteger suas florestas. A saída dos Estados Unidos do acordo, conforme apontado por Corrêa do Lago, pode impactar as negociações da COP30, uma vez que o país é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa.
O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta desafios significativos na organização da conferência, incluindo infraestrutura e segurança. Além disso, questões como metas climáticas, financiamento e dependência de combustíveis fósseis são pontos críticos nas negociações. Apenas cerca de dez por cento dos países apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são essenciais para o cumprimento do Acordo de Paris.
O financiamento climático é outro desafio, com um estudo indicando a necessidade de R$ 1,3 trilhão até 2035 para ações de combate às mudanças climáticas. Na COP29, os países se comprometeram com apenas R$ 300 bilhões, valor considerado insuficiente. O negociador-chefe do Brasil no Brics, Maurício Lyrio, defende que o grupo chegue a um consenso sobre o financiamento climático para aumentar as chances de sucesso na COP30.
A dependência global de combustíveis fósseis também precisa ser abordada, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A discussão sobre medidas para reduzir essa dependência é considerada "inadiável". Em um cenário onde a implementação de acordos climáticos é essencial, a mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a proteção ambiental.
A meta global de proteger 30% dos oceanos até 2030 enfrenta sérias dificuldades, com menos de 10% das áreas marinhas protegidas efetivamente resguardadas. A pesca comercial foi autorizada em uma área marinha protegida do Pacífico, e apenas 2,04% dos mares da União Europeia têm planos de gestão adequados, evidenciando a ineficácia das AMPs.
A COP30 inicia em Bonn, Alemanha, enquanto o Brasil enfrenta contradições ao leiloar blocos de petróleo. A falta de hospedagem em Belém levanta preocupações sobre a logística do evento. O Brasil busca liderar a eliminação de combustíveis fósseis, mas o leilão de 172 blocos de petróleo revela tensões internas. A COP30 pode ser prejudicada pela escassez de acomodações e pela insatisfação de países em desenvolvimento com o financiamento climático.
Pesquisas indicam que as águas do oceano antártico estão se tornando mais salgadas, o que pode intensificar o aquecimento global e ameaçar a vida marinha, incluindo pinguins e focas. O aumento da salinidade provoca uma troca de calor que acelera o derretimento das calotas de gelo, resultando na formação de mais icebergs. Isso afeta diretamente espécies que dependem do gelo, como a foca-caranguejeira e o pinguim-imperador, cuja população já sofreu perdas significativas. Além disso, a mudança impacta a biodiversidade e a economia da costa brasileira, afetando a pesca e a cadeia alimentar local.
Empresas intensificam ações sustentáveis no Dia Mundial do Meio Ambiente, promovendo iniciativas como exposições e reflorestamento, refletindo um compromisso com a conservação ambiental. O Parque Bondinho Pão de Açúcar e a Norte Energia destacam-se com atividades educativas e programas de reflorestamento, enquanto a Andrade Gutierrez reduz resíduos em projetos internacionais. A Orla Rio participa de eventos de conscientização, reforçando a importância da preservação dos oceanos.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defende que os 63 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei do Licenciamento Ambiental fortalecem a proteção ambiental e asseguram as metas de desmatamento zero e redução de emissões de CO2.
A cientista Mariangela Hungria foi a primeira mulher brasileira a conquistar o Prêmio Mundial de Alimentação em 2025, por sua pesquisa inovadora que substitui fertilizantes químicos por bactérias, aumentando a produtividade da soja em 8%.