A COP30, presidida por André Corrêa do Lago, abordará pela primeira vez combustíveis fósseis e exigirá resgate do multilateralismo em Bonn, visando mobilizar US$ 1,3 trilhão para o clima.

A presidência da COP30, conferência de clima da ONU, liderada por André Corrêa do Lago, enfatizou a importância de resgatar o multilateralismo em meio à crise atual e pediu mudanças nas negociações internacionais durante a reunião de Bonn, na Alemanha. Em uma carta divulgada em 23 de maio de 2025, o tema dos combustíveis fósseis foi abordado pela primeira vez, destacando a urgência de ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas.
A conferência de Bonn, que ocorrerá em junho de 2025, é um evento crucial para os países negociadores avançarem nas discussões que precedem a COP30, programada para novembro e dezembro em Belém, no Pará. O documento destaca que seria um desperdício se as negociações fossem marcadas por procrastinação, alertando que a falta de progresso erodirá a confiança no processo multilateral.
O tema principal do evento em Bonn será a adaptação climática, que envolve ações para aumentar a resiliência da vida na Terra frente ao aquecimento global. Globalmente, há um déficit trilionário em investimentos nessa área, que inclui segurança alimentar e cidades resilientes. A situação no Brasil reflete essa realidade, com a COP30 tendo como objetivo rever as metas do Acordo de Paris, especialmente após o aumento de 1,5ºC na temperatura global em relação à era pré-industrial.
A conferência em Belém também herdou a missão de destravar o financiamento climático, um dos principais obstáculos enfrentados nas últimas edições. A COP30 precisará desenvolver um plano para mobilizar US$ 1,3 trilhão anualmente para enfrentar as mudanças climáticas. Nas cartas anteriores, a presidência brasileira foi criticada por não abordar a questão dos combustíveis fósseis, mas neste terceiro documento, reafirma seu compromisso com a transição energética e o fim do desmatamento.
André Corrêa do Lago afirmou que a COP30 tratará do tema dos combustíveis fósseis, considerado essencial para o sucesso do Acordo de Paris. A carta menciona a necessidade de apoiar mutuamente os países para alcançar metas ambiciosas, como triplicar a capacidade global de energia renovável e promover uma transição justa e equitativa para longe dos combustíveis fósseis.
Embora a carta não mencione diretamente eventos globais como a volta de Donald Trump ao poder ou a guerra na Ucrânia, ela ressalta a necessidade de resgatar a credibilidade do processo multilateral. Em um momento em que a colaboração é vital, a sociedade civil pode desempenhar um papel importante em apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a justiça climática, ajudando a transformar compromissos em ações concretas.

Mudanças climáticas intensificam desigualdades em São Paulo, com variações de temperatura entre bairros. A pesquisa revela que áreas menos favorecidas estão menos preparadas para enfrentar eventos extremos.

A Fórmula 1 projeta um crescimento contínuo, com receitas de US$ 3,65 bilhões em 2024 e a meta de neutralidade de carbono até 2030, reduzindo 26% das emissões até 2024. A estratégia inclui combustíveis sustentáveis e otimização de calendários.

A COP30 em Belém enfrenta desafios logísticos, como altos preços de hospedagem. O Brasil anunciou um plano de US$ 1,3 trilhão para financiamento climático e criará uma plataforma com seis mil leitos.

A COP30, marcada para 10 de novembro em Belém (PA), enfrenta atrasos na entrega das novas metas climáticas, com apenas 25 países apresentando suas NDCs até julho. A falta de consenso sobre financiamento e transição energética gera preocupações.

Paraisópolis, em São Paulo, enfrenta temperaturas até 8°C mais altas que áreas vizinhas, agravadas pela urbanização e escassez de água, impactando a saúde dos moradores. Especialistas alertam para os riscos das ondas de calor e a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura urbana.

Iniciativas de captura de carbono (CCUS) no Brasil podem reduzir até 190 milhões de toneladas de CO₂ anualmente. Empresas como Repsol e FS investem em tecnologias inovadoras, mas falta incentivo público.