A COP30 em Belém surge em um cenário onde 66% das empresas buscam financiamento sustentável, mas 43% enfrentam barreiras nas políticas públicas. O evento é visto como uma chance de reposicionar o Brasil no mercado global.

A COP30, que ocorrerá em Belém, representa um momento crucial para a economia brasileira, que busca atrair investimentos sustentáveis em meio a um ambiente regulatório desafiador. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que sessenta e seis por cento das empresas estão interessadas em financiamento sustentável, mas quarenta e três por cento acreditam que as políticas públicas dificultam esses investimentos. Este descompasso destaca a necessidade de uma análise mais profunda sobre o papel do setor privado nas discussões climáticas.
O levantamento, realizado pela consultoria Nexus com mil empresários, mostra que a sustentabilidade é vista como um imperativo estratégico. Vinte e dois por cento dos executivos afirmaram ter certeza sobre a busca por linhas de crédito sustentáveis, enquanto quarenta e quatro por cento demonstraram interesse provável. Além disso, cinquenta e quatro por cento consideram a COP30 importante para seus negócios, reconhecendo a conferência como uma plataforma para reposicionamento competitivo em mercados internacionais.
As expectativas variam entre as regiões do Brasil, com as regiões Norte e Centro-Oeste liderando a confiança na conferência, seguidas pelo Nordeste, Sudeste e Sul. Setenta e cinco por cento dos industriais veem a COP30 como uma oportunidade para melhorar a imagem do país no exterior, e setenta e sete por cento apostam em um aumento nas exportações. No entanto, a avaliação das políticas públicas revela um desalinhamento entre a demanda empresarial e a adequação regulatória.
Os desafios enfrentados incluem o alto custo de tecnologias sustentáveis, que afeta trinta e oito por cento dos entrevistados, e a falta de incentivos específicos, impactando trinta e seis por cento. A complexidade regulatória é considerada uma barreira por vinte e nove por cento, enquanto dezoito por cento mencionaram a ausência de financiamento direcionado. Essa situação sugere que os instrumentos disponíveis não atendem às necessidades específicas da indústria.
Embora sessenta e três por cento das grandes corporações demonstrem intenção de participar da COP30, essa proporção cai para cinquenta e um por cento entre pequenas empresas. Quarenta e seis por cento da indústria ainda mostra pouco ou nenhum interesse na agenda climática, evidenciando uma polarização setorial significativa. Além disso, problemas de infraestrutura em Belém, como preços elevados de hospedagem, podem reduzir a participação executiva no evento.
Ricardo Mussa, chair da Sustainable Business COP30, destacou que o Brasil enfrenta um momento desafiador para sediar a COP30, mas também uma oportunidade de mostrar suas soluções ambientais. A mobilização atual representa um momento decisivo para a influência corporativa nas negociações climáticas. Projetos que visam apoiar iniciativas sustentáveis e promover a imagem do Brasil no exterior podem ser fundamentais para o sucesso da conferência e para a construção de um futuro mais sustentável.

A Nestlé Brasil firmou parcerias com a re.green e a Barry Callebaut para restaurar 8.000 hectares e plantar 11 milhões de árvores na Bahia e Pará, visando a sustentabilidade e a redução de emissões até 2050. As iniciativas prometem regenerar ecossistemas e fortalecer a cadeia produtiva do café, com compromissos de preservação de longo prazo.

Pedro Martins de Souza, aos 78 anos, reflorestou sua propriedade em Minas Gerais, aumentando água e renda. A iniciativa, apoiada pelo Instituto Terra, inspirou outros produtores e recuperou nascentes na região.

Em 2024, o PIB do Nordeste cresceu 4%, impulsionado por investimentos em energia solar, com a Bahia liderando a geração e atraindo R$ 10,6 bilhões desde 2012, enquanto Pernambuco e Rio Grande do Norte também avançam.

Estudo da Universidade Estadual Paulista revela que juvenis de tambaqui utilizam carboidratos como fonte de energia, permitindo rações com menos proteína e custos reduzidos. A pesquisa, coordenada por Leonardo Takahashi, abre novas possibilidades para a aquicultura sustentável.

Um sagui-da-serra-escuro foi avistado em um corredor ecológico no Parque Estadual do Desengano, em Santa Maria Madalena, por Samir Mansur. A espécie, ameaçada pela perda de habitat e competição com invasores, destaca a importância da preservação.

A temperatura média global aumentou 1,5 °C em 150 anos, impulsionada pela ação humana, como a queima de combustíveis fósseis e desmatamento, resultando em derretimento de geleiras e secas severas. Especialistas alertam que ações imediatas são essenciais para mitigar os impactos climáticos.