A COP30, conferência da ONU sobre clima, ocorrerá em Belém, mas negociadores de 25 países pedem mudança de local devido aos altos preços de hospedagem, ameaçando a participação de nações menos desenvolvidas.
A COP30, conferência sobre clima da ONU, ocorrerá em Belém nos dias 6 e 7 de novembro, com a presença de chefes de Estado. O governo brasileiro enfrenta desafios logísticos e de hospedagem, especialmente com o aumento dos preços em hotéis e imóveis. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou que não há plano B e que o evento será realizado na capital paraense.
Recentemente, negociadores de 25 países enviaram uma carta à secretaria da COP30 e à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), solicitando que o evento seja transferido para outro local devido aos altos custos de hospedagem. A carta destaca a necessidade de garantir acessibilidade e participação de nações em desenvolvimento, que enfrentam dificuldades financeiras.
André Corrêa do Lago reconheceu que o alto custo das diárias pode comprometer a presença de países menos favorecidos. Ele mencionou que esses países podem pagar até R$ 388 por diária, mas os preços atuais estão muito acima desse valor. A situação é preocupante, pois pode limitar a participação de delegações que precisam estar presentes nas discussões climáticas.
O governo brasileiro está buscando soluções para reduzir os custos de hospedagem. Entre as alternativas, estão investigações sobre práticas abusivas do setor hoteleiro e a mobilização de imóveis em plataformas como Airbnb. Além disso, há planos para utilizar escolas e habitações do programa Minha Casa, Minha Vida, além de navios de cruzeiro para acomodar os participantes.
A carta enviada pelos negociadores elogia os esforços do governo para viabilizar a COP30, mas expressa preocupações sobre a falta de clareza em relação à acomodação dos participantes. Os países estão se esforçando para reduzir suas delegações, mas muitos temas serão discutidos simultaneamente, o que limita essa possibilidade. A situação é crítica, com apenas cem dias até o evento.
Essa mobilização internacional destaca a importância de garantir que todos os países possam participar das negociações climáticas. A união em torno desse objetivo pode ser fundamental para assegurar que as vozes dos menos favorecidos sejam ouvidas. A sociedade civil pode contribuir para que todos tenham a oportunidade de participar desse importante evento, promovendo a inclusão e a justiça social nas discussões sobre mudanças climáticas.
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