A presidência da COP30 inicia consultas especiais para acelerar negociações climáticas, com sessões online e encontros em Nova York e Brasília, visando novos compromissos antes do relatório da ONU.

A presidência da COP30 anunciou o início de consultas especiais para acelerar as negociações sobre temas centrais da conferência climática, que ocorrerá em Belém em novembro. A iniciativa, divulgada na sexta carta do embaixador André Corrêa do Lago, visa antecipar discussões que normalmente ocorrem apenas durante o evento. Corrêa do Lago destacou a importância de um processo inclusivo e transparente, afirmando que as "Consultas da Presidência da COP30" começarão imediatamente entre as sessões dos Órgãos Subsidiários.
Tradicionalmente, as discussões climáticas são concentradas na segunda semana das conferências. No entanto, a presidência brasileira decidiu iniciar o processo com meses de antecedência, permitindo mais tempo para alcançar consensos e evitar que negociações cruciais fiquem para os últimos dias. O cronograma inclui uma sessão online nas próximas semanas e dois encontros presenciais: um em Nova York no dia 25 de setembro e outro em Brasília no dia 15 de outubro.
Um dos principais focos das consultas será a resposta ao relatório sobre as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que será publicado pela ONU em outubro. Este documento revelará o quão distantes estão os compromissos atuais dos países em relação à meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. O embaixador fez um apelo para que os países apresentem suas novas contribuições a tempo de serem incluídas no relatório, alertando que cerca de quatro quintos dos membros do Acordo de Paris ainda não o fizeram.
O evento de alto nível organizado pelo secretário-geral da ONU em 24 de setembro será uma plataforma importante para que os países apresentem suas novas metas, demonstrando apoio à conferência brasileira. Corrêa do Lago também comentou sobre os resultados das 62ª sessões dos Órgãos Subsidiários da ONU, realizadas em Bonn, reconhecendo que, embora os resultados não tenham sido ideais, houve avanços em questões como a Meta Global de Adaptação e a Transição Justa.
Durante as consultas em Bonn, a presidência brasileira identificou expectativas sobre temas que vão além da agenda formal, incluindo sinergias entre clima, biodiversidade e desenvolvimento sustentável. O embaixador destacou a importância de abordar as preocupações dos países em relação ao financiamento climático e ao comércio internacional, enfatizando que a capacidade de enfrentar a mudança climática depende das escolhas feitas hoje.
A COP30 também marca o décimo aniversário do Acordo de Paris, mas o embaixador alertou que o aquecimento global está ocorrendo mais rapidamente do que as projeções de 2015. A presidência brasileira reafirmou seu compromisso com a imparcialidade e o multilateralismo, ressaltando que a humanidade não pode se dar ao luxo de atrasos. Em tempos como este, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam ações climáticas efetivas e sustentáveis.

Estudo revela a necessidade de unificar avaliações de risco para doenças zoonóticas e transmitidas por vetores, destacando a falta de padronização e propondo melhorias em pesquisas e políticas públicas. Pesquisadores do BIOTA Síntese, apoiados pela FAPESP, analisaram 312 estudos e identificaram que apenas 7,4% consideram os três componentes de risco: perigo, exposição e vulnerabilidade.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Secretaria de Educação do DF firmaram convênio para construir usina solar no Mangueiral, com investimento de R$ 40 milhões e economia anual de R$ 10 milhões. A usina terá capacidade de 10 megawatts-pico (MWp), gerando energia para 400 escolas públicas, representando 60% da demanda da rede de ensino local. O governador Ibaneis Rocha destacou a importância da energia limpa e a ampliação de fontes renováveis nos serviços públicos.

Desde janeiro de 2023, 84% dos recifes tropicais enfrentam calor crítico, resultando na mais grave crise de branqueamento de corais já registrada. Iniciativas científicas no Brasil e no mundo buscam monitorar e restaurar esses ecossistemas ameaçados.

O Jardim Botânico de Brasília iniciará em agosto a remoção de pinheiros, espécies invasoras, substituindo-os por árvores nativas do Cerrado, visando a proteção do bioma e a segurança dos visitantes. A ação, respaldada pelo Plano de Manejo do Instituto Brasília Ambiental, é acompanhada de uma campanha educativa para informar a população sobre os riscos dos pinheiros, que comprometem a biodiversidade e aumentam o risco de incêndios.

O governo brasileiro anunciou o segundo leilão do Eco Invest, com expectativa de arrecadar até R$ 11 bilhões para recuperar um milhão de hectares de áreas degradadas. O foco será na Amazônia e em projetos sustentáveis.

No painel da 9ª edição do Aberje Trends, especialistas discutiram os desafios da comunicação corporativa em ESG, abordando greenwashing e greenhushing, e a influência da COP30 nas estratégias das empresas.