A COP30, marcada para 10 de novembro em Belém (PA), enfrenta atrasos na entrega das novas metas climáticas, com apenas 25 países apresentando suas NDCs até julho. A falta de consenso sobre financiamento e transição energética gera preocupações.

Faltam exatos 100 dias para a COP30, que ocorrerá em Belém (PA) no dia 10 de novembro. Um dos principais compromissos da conferência, a entrega das novas metas climáticas pelos países signatários do Acordo de Paris, avança lentamente. Até o final de julho, apenas 25 países haviam submetido suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) à ONU, representando pouco mais de 10% dos signatários. Entre os 20 maiores emissores de gases de efeito estufa, apenas cinco apresentaram novos planos, e muitos deles carecem de viabilidade prática.
O embaixador André Correa do Lago, presidente da COP30, afirmou que o governo está mobilizado para acelerar a entrega das NDCs, com várias reuniões programadas, incluindo a Pre-COP em Brasília em outubro. No entanto, a falta de consenso sobre financiamento climático e transição energética gera preocupações entre especialistas e organizações da sociedade civil. Eles destacam que, apesar de alguns avanços na economia de baixo carbono, os compromissos globais ainda não refletem a urgência da crise climática.
As NDCs deveriam ter sido entregues até 10 de fevereiro, mas mais de 93% dos países perderam o prazo. Atualmente, os países que ainda não apresentaram suas novas metas respondem por cerca de 83% das emissões globais de gases de efeito estufa. A situação é crítica, pois a ambição global para este ciclo depende de compromissos que permanecem pendentes. A COP30 no Brasil é vista como uma oportunidade para pressionar por metas mais ambiciosas, especialmente com a mobilização da sociedade civil.
O financiamento climático é outro desafio central. Em 2009, países desenvolvidos prometeram mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2020, meta que não foi cumprida. Em 2023, o valor alcançou apenas US$ 83,3 bilhões. A COP29 estabeleceu um novo alvo de US$ 300 bilhões anuais até 2035, mas essa quantia ainda é considerada insuficiente. O Brasil e o Azerbaijão propuseram o "roteiro Baku–Belém", que busca aumentar o financiamento para US$ 1,3 trilhão anuais, priorizando a adaptação e reparação de danos climáticos.
A transição energética também enfrenta obstáculos. Embora o Brasil tenha avançado na adição de capacidade solar e eólica, as metas formais ainda não refletem esse progresso. A presidência da COP30 defende a triplicação das fontes renováveis até 2030, mas essa proposta ainda não foi oficializada. A influência das empresas de combustíveis fósseis continua a ser um entrave significativo, dificultando a implementação de políticas climáticas mais robustas.
Com a COP30 se aproximando, a necessidade de ação coletiva se torna mais evidente. A mobilização da sociedade civil e o apoio a iniciativas que promovam soluções sustentáveis são essenciais. Projetos que visem a recuperação ambiental e a justiça climática podem fazer a diferença, especialmente em um momento em que a urgência das mudanças climáticas exige respostas rápidas e eficazes.

O Programa Amazônia Azul, apresentado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, busca promover o desenvolvimento sustentável na fronteira marítima do Brasil. O lançamento está previsto para outubro.

Cidades enfrentam ilhas de calor devido à urbanização, mas áreas verdes, como quintais arborizados, podem reduzir a temperatura em até 1ºC, melhorando a saúde pública e a qualidade de vida.

Estudo da Universidade de Oxford e do Met Office revela que, até 2100, chuvas intensas no Brasil terão três vezes mais probabilidade, mas ocorrerão 30% menos frequentemente, aumentando riscos de desastres naturais.

A Unilever implementou o uso de biometano na fábrica de Vinhedo, eliminando três mil toneladas de CO2 anualmente. A Ultragaz fornece o biometano, oriundo de resíduos orgânicos, contribuindo para a descarbonização.

Evento em Petrolina discute o legado socioambiental do Projeto de Integração do Rio São Francisco, destacando avanços na gestão ambiental e o impacto positivo em 12 milhões de pessoas em 390 municípios. A iniciativa, promovida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, reúne especialistas para debater ações de conservação e desenvolvimento sustentável.

Sebastião Salgado, fotógrafo e ambientalista, deixou um legado sobre a Amazônia, enquanto a Câmara dos Deputados avança com um projeto de lei que ameaça a legislação ambiental e a biodiversidade brasileira.