Especialistas criticam políticas públicas ineficazes na Cracolândia, defendendo uma abordagem integrada que priorize saúde e assistência social em vez de internações involuntárias. A falta de continuidade nas ações resulta em dispersão dos usuários e mini cracolândias.
Recentemente, especialistas criticaram a continuidade de políticas públicas ineficazes na Cracolândia, em São Paulo, destacando a necessidade de uma abordagem integrada que priorize a saúde e a assistência social. Desde os anos 90, diversas tentativas de solução foram implementadas, mas sem sucesso duradouro. Leonardo Pinho, integrante do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), aponta que a descontinuidade das ações é um dos principais problemas, resultando em respostas fragmentadas e na criação de mini cracolândias.
Pinho ressalta que a internação involuntária, frequentemente adotada como solução, é uma "falsa solução". A prefeitura de São Paulo intensificou esse tipo de internação, que depende apenas de avaliação médica. No entanto, Pinho argumenta que essa abordagem não resolve a questão, pois não há ampliação dos serviços de saúde e acolhimento necessários para atender a demanda. A falta de continuidade nas políticas impede a avaliação de resultados e a definição de estratégias eficazes.
Uma Nota Técnica publicada por Pinho e outros especialistas critica a atuação da Guarda Civil Metropolitana na Cracolândia, afirmando que as ações repressivas infringem direitos humanos. Eles sugerem a implementação de câmeras corporais nos agentes e a criação de um protocolo intersetorial de abordagem, que envolva a sociedade civil e representantes de saúde e assistência social. A proposta visa substituir o paradigma repressivo por estratégias mais integradas e humanizadas.
Alan Fernandes, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destaca que a ausência de políticas contínuas resulta em ações sem objetivos claros. Ele menciona que, apesar de diferentes abordagens ao longo dos anos, não houve uma política pública sustentável que trouxesse resultados positivos. A falta de coordenação entre as equipes de saúde e segurança também é um desafio, dificultando a implementação de soluções eficazes.
Desde o início dos anos 2000, as operações policiais na Cracolândia têm sido pontuais e focadas na repressão, mas os usuários frequentemente retornam à região. O Programa de Braços Abertos, criado durante a gestão de Fernando Haddad, trouxe resultados iniciais positivos, mas a falta de apoio e continuidade levou ao retorno do problema. As gestões seguintes, incluindo a atual, têm apostado em internações involuntárias e operações policiais, sem uma estratégia clara de longo prazo.
As análises indicam que a solução para a Cracolândia requer um esforço conjunto e contínuo, que integre saúde, assistência social e segurança. A mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a melhoria das condições de vida na região. Projetos que promovam a inclusão e o acolhimento podem fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam a dependência química e a vulnerabilidade social.
Carlos e Lucas, um casal de professores, celebram o Dia Nacional da Adoção com a história de sua família, formada por três irmãos adotivos, superando desafios e preconceitos. Desde 2019, eles compartilham sua jornada nas redes sociais, inspirando outros a abraçar a adoção e a diversidade familiar.
Após trinta anos de sua graduação em ciências biológicas, Débora Regina Machado retorna aos estudos para realizar o sonho de ser médica, agora com o apoio da filha Beatriz e de seus alunos. Ela se matriculou no cursinho Poliedro e se dedica intensamente para conquistar uma vaga em universidades públicas.
A bailarina Ingrid Silva, referência na dança clássica, ministrará uma aula gratuita para jovens bailarinos no Ballet Manguinhos, promovendo inclusão e representatividade na comunidade. O evento, que ocorrerá em Higienópolis, é um marco para os mais de 400 alunos atendidos pelo projeto social na Zona Norte do Rio de Janeiro. As inscrições são limitadas e abertas ao público externo.
O Sesi-DF e o Senai-DF promovem a Semana do Trabalho até 9 de maio, com serviços gratuitos e atividades culturais na Esplanada dos Ministérios. A iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego visa capacitar e informar o público.
O governo de São Paulo planeja transferir sua sede administrativa para o centro da cidade, visando revitalização e atração de investimentos. O secretário Marcelo Cardinale Branco destacou a criação de moradias e a reabilitação de áreas críticas, como a Cracolândia, com a expectativa de trazer de 10 mil a 15 mil novos trabalhadores diários, estimulando a economia local e promovendo a recuperação social da região.
Professora da USP, Nadya Araújo Guimarães, destaca a urgência de políticas que protejam cuidadores no Brasil, especialmente mulheres negras, em colóquio sobre a "crise do cuidado".