Ana Cristina, paciente com obesidade severa, enfrenta preconceito e dificuldades no SUS para obter cirurgia bariátrica, enquanto especialistas alertam sobre a escassez de tratamentos adequados.
A obesidade é um grave problema de saúde pública no Brasil, afetando milhões de pessoas. Ana Cristina, uma paciente de 43 anos com obesidade severa, enfrenta dificuldades para acessar o tratamento adequado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A demanda por cirurgias bariátricas é muito maior do que a oferta, com especialistas estimando que apenas 1% dos necessitados consegue realizar o procedimento. Ana, residente em Guararema, São Paulo, restringe seus deslocamentos a idas ao trabalho e consultas médicas, onde tenta entrar na fila para a cirurgia.
Dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) revelam que 98,1% das pessoas com obesidade grau 3 já sofreram constrangimento em diversos ambientes, incluindo consultas médicas. Ana se enquadra nesse grupo, enfrentando preconceito e dificuldades para realizar exames necessários. Após tentativas frustradas em hospitais, ela desistiu de fazer uma endoscopia, sentindo-se desmotivada e constrangida pela falta de compreensão dos profissionais de saúde.
O professor Álvaro Ferraz, do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), destaca que o preconceito em relação à obesidade ainda é um grande obstáculo. Ele afirma que a obesidade é uma doença e que a falta de campanhas de conscientização contribui para a estigmatização dos pacientes. Essa visão distorcida pode levar os pacientes a se sentirem envergonhados e a não buscarem ajuda, enquanto os profissionais de saúde muitas vezes não tratam a obesidade como a causa raiz de outras doenças.
Além do preconceito, a falta de opções de tratamento no SUS agrava a situação. Atualmente, nenhum dos cinco medicamentos aprovados para o tratamento da obesidade está disponível na rede pública. A endocrinologista Maria Edna de Melo ressalta que apenas aqueles que podem pagar por tratamentos particulares conseguem acesso a medicamentos eficazes. Isso resulta em um ciclo vicioso, onde a falta de tratamento adequado leva os pacientes a desenvolverem complicações mais graves.
O acesso à cirurgia bariátrica também é limitado. Pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de cinquenta precisam comprovar tentativas de tratamento clínico por pelo menos dois anos. Ana está nesse processo, frequentando um grupo de apoio, mas ainda aguarda o encaminhamento para a cirurgia. A burocracia e a falta de recursos nos hospitais dificultam ainda mais a situação, com muitos pacientes sendo forçados a buscar atendimento em outras regiões.
A situação de Ana Cristina e de muitos outros pacientes com obesidade severa é um reflexo da necessidade urgente de mudanças no sistema de saúde. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem melhorar o acesso a tratamentos e a conscientização sobre a obesidade como uma doença. Projetos que busquem ajudar esses pacientes a obterem o tratamento adequado podem fazer uma grande diferença em suas vidas.
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