Cresce a preocupação com o aumento do câncer colorretal em jovens, evidenciado pela morte da cantora Preta Gil. Especialistas pedem urgência em programas de rastreamento no Brasil.

Nos últimos anos, a incidência de câncer colorretal entre pessoas com menos de 50 anos tem aumentado de forma alarmante. A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, após complicações da doença, trouxe à tona a urgência de ações de rastreamento e prevenção no Brasil. O tumor, que afeta o cólon e o reto, é uma preocupação crescente, especialmente entre os jovens, com um aumento de até 70% na incidência em comparação com três décadas atrás, segundo especialistas.
Dados da Sociedade Americana de Câncer revelam que, em 2019, 20% dos diagnósticos de câncer colorretal nos Estados Unidos foram em pacientes com menos de 55 anos, um número que dobrou desde 1995. No Brasil, a epidemiologista Marianna Cancela, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), confirmou um aumento na doença, embora ainda em todas as faixas etárias. Entre homens de 20 a 49 anos, a taxa subiu de cinco para seis casos por 100 mil habitantes entre 2000 e 2017.
Pesquisas indicam que o câncer colorretal pode se tornar a terceira causa de morte por câncer no Brasil até 2030. O oncologista Paulo Hoff destacou que a chegada de pacientes mais jovens ao consultório é uma realidade preocupante. Ele e outros especialistas apontam para mudanças no estilo de vida, como dietas ricas em produtos ultraprocessados e sedentarismo, como possíveis fatores para esse aumento.
Nos Estados Unidos, a idade mínima para exames preventivos foi reduzida de 50 para 45 anos. No Brasil, ainda não há um programa público de rastreamento específico para câncer colorretal, mas o Inca está discutindo a implementação de um. Atualmente, os principais métodos de detecção incluem o exame de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia, sendo a primeira uma opção mais acessível e menos invasiva.
Embora o prognóstico do câncer colorretal tenha melhorado com avanços nas técnicas de tratamento, a detecção precoce continua sendo crucial. Especialistas recomendam que todos, independentemente da idade, fiquem atentos a sintomas como sangue nas fezes e alterações no ritmo intestinal. A conscientização e a busca por atendimento médico são fundamentais para a prevenção e tratamento eficaz da doença.
A situação atual exige uma mobilização da sociedade para apoiar iniciativas que promovam a saúde e a prevenção do câncer colorretal. Projetos que visem aumentar a conscientização e facilitar o acesso a exames podem fazer uma diferença significativa na vida de muitos. Nossa união pode ajudar a transformar essa realidade e garantir um futuro mais saudável para todos.

As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) estão em ascensão no Brasil, com um aumento de 61% nas internações na última década. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) alerta para a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado.

O governo federal relançou o programa "Agora Tem Especialistas" para reduzir a fila por médicos especialistas no SUS, utilizando dívidas de hospitais como pagamento por atendimentos. A iniciativa, que visa aumentar o acesso a serviços de saúde, foi assinada pelo presidente Lula e busca atender áreas críticas como oncologia e cardiologia.

O Registro Brasileiro de Doença Venosa Crônica (BRAVO) foi criado para atualizar dados sobre a DVC no Brasil, visando melhorar políticas públicas e tratamentos. A campanha Agosto Azul Vermelho busca conscientizar sobre a importância do cuidado vascular.

O programa "O câncer não espera. O GDF também não" reduziu o tempo de espera para consultas oncológicas de 75 para 51 dias e aumentou a capacidade de atendimento no Hospital Regional de Taguatinga. O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, destacou a importância do diagnóstico precoce e do tratamento ágil, prevendo a normalização da lista de espera em três meses.

Com a chegada do outono, o Brasil observa um aumento nas infecções respiratórias, incluindo gripes, resfriados e Covid-19. Estudos mostram que sprays nasais podem reduzir a duração do resfriado em até três dias, enquanto o antiviral Paxlovid é recomendado para grupos de risco com Covid-19, disponível pelo SUS.

A vacinação contra a gripe em São Paulo apresenta cobertura alarmante de 36,25% entre grupos de risco, com 359 mortes por influenza em 2025. A vacina está disponível para todos acima de seis meses.