A escassez de água e a desigualdade no acesso a esse recurso são problemas alarmantes, com a presença de contaminantes emergentes em países em desenvolvimento. O dossiê da revista Frontiers in Water revela riscos à saúde e a urgência de regulamentação.
Com o aumento da população e da urbanização, a demanda global por água doce deve crescer em cinquenta e cinco por cento até dois mil e cinquenta. Essa escalada impacta um cenário já marcado pela escassez e pela desigualdade no acesso aos recursos hídricos, além da deterioração da qualidade da água, especialmente em países em desenvolvimento. A migração forçada e os conflitos sociais relacionados à falta de água são consequências diretas desse problema, que já afeta bilhões de pessoas.
Um dossiê da revista Frontiers in Water destaca a presença de contaminantes emergentes na água em países em desenvolvimento, revelando riscos à saúde e a necessidade urgente de regulamentação e monitoramento. O pesquisador Geonildo Rodrigo Disner, do Instituto Butantan, coeditor do dossiê, explica que a água doce está sendo cada vez mais afetada por poluentes como pesticidas, medicamentos e produtos de higiene, que não são removidos pelos métodos convencionais de tratamento.
Esses contaminantes, como o glifosato e o diuron, acumulam-se nos ecossistemas aquáticos e podem causar efeitos tóxicos, mesmo em concentrações baixas. Disner alerta que muitos desses compostos atuam como desreguladores endócrinos, afetando a reprodução e o desenvolvimento de organismos, com potenciais impactos à saúde humana. A água, sendo o receptáculo final da maioria dos poluentes, transporta esses contaminantes para regiões onde nunca foram utilizados.
Apesar dos riscos, a maioria dos contaminantes emergentes ainda não é monitorada regularmente. Em São Paulo, por exemplo, todos os pesticidas testados foram detectados nas águas monitoradas. Disner ressalta que a estrutura de tratamento de água é limitada, mesmo em áreas urbanas com maior desenvolvimento. O dossiê reúne estudos que investigam a presença de metais pesados na água e sua relação com doenças, além da qualidade da água engarrafada em diferentes países.
Além dos contaminantes, a desigualdade no acesso à água e os efeitos das mudanças climáticas são questões estruturais que precisam ser abordadas. Enchentes e secas severas afetam a captação e distribuição de água potável, comprometendo a saúde de milhões. O relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aponta que a disputa por água já é uma realidade em várias partes do mundo e tende a se intensificar nas próximas décadas.
Os autores do dossiê defendem a criação de marcos regulatórios e programas de monitoramento para proteger a saúde humana e ambiental. A prevenção na fonte e a remediação de áreas contaminadas são estratégias essenciais. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que garantam acesso à água potável de qualidade e contribuindo para a saúde e o bem-estar das comunidades afetadas.
Cidades da Amazônia têm as piores taxas de arborização urbana do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Enquanto estados do agronegócio, como Mato Grosso do Sul, se destacam positivamente, a pesquisa revela que apenas 10,7% do Acre e 13,7% do Amazonas vivem em ruas com mais de cinco árvores.
Filhote de onça-pintada resgatado em Roraima passa por reabilitação em Brasília, visando retorno à vida selvagem após ser criado como animal de estimação. O processo deve durar cerca de dois anos. A pequena onça, com seis meses, está sob cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, onde ganha peso e desenvolve instintos naturais. O treinamento inclui alimentação irregular e estímulos ambientais para prepará-la para a vida livre. Se não se adaptar, poderá ser encaminhada a um zoológico.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para queda de temperatura em doze Estados, com a chegada de uma frente fria ao Rio Grande do Sul entre 27 e 28 de setembro. O fenômeno provocará um declínio superior a 5ºC, afetando também São Paulo e outras regiões. As temperaturas devem cair ainda mais entre quinta-feira e sexta-feira, 30, nas áreas Centro-Oeste e Norte.
Báyò Akómoláfé, filósofo nigeriano, inicia filmagens do documentário "Em Tempos Urgentes, Vamos Desacelerar" no Brasil, abordando caos climático e injustiça racial. Ele destaca a importância de repensar a justiça e o ativismo.
Documentários de natureza utilizam tecnologia avançada, como drones e câmeras de alta velocidade, para capturar comportamentos animais e evidenciar os impactos do aquecimento global. Produções como "The Americas" e "Segredos dos Pinguins" revelam a urgência da conservação.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional participou da Water for Food Global Conference, buscando aprimorar a gestão hídrica no Brasil. A delegação conheceu o modelo de irrigação do aquífero Ogallala, referência em eficiência.