Profissionais de saúde relatam os impactos diretos da crise climática, evidenciando a urgência de ações coletivas e políticas públicas para proteger a saúde global. A situação se agrava com o aumento de doenças e desigualdades.
A crise climática representa uma ameaça crescente à saúde global, com impactos diretos já observados em diversas áreas. Profissionais de saúde, como Julia Sawatzky, residente em medicina de emergência, relatam experiências que evidenciam a urgência de ações coletivas. Durante um plantão em meio a incêndios florestais no Canadá, Sawatzky atendeu pacientes com sintomas relacionados ao calor extremo e à poluição do ar, destacando que a crise ambiental permeia as estruturas do sistema de saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as mudanças climáticas como uma das maiores ameaças à saúde no século XXI, associando-as ao aumento de mortes por calor extremo e doenças respiratórias. Estima-se que noventa e nove por cento da população mundial respire ar poluído, sendo a queima de combustíveis fósseis a principal causa. Além disso, as mudanças climáticas favorecem a proliferação de doenças infecciosas e agravam a insegurança alimentar, afetando a saúde mental e aumentando a vulnerabilidade de populações em áreas de risco.
No Brasil, a pediatra Natasha Slhessarenko, que atua em Cuiabá, observa diariamente os efeitos da crise climática na saúde infantil. Crianças chegam ao consultório com desidratação e crises respiratórias, especialmente em dias de calor intenso. Em contrapartida, as chuvas aumentam a incidência de arboviroses, como dengue e chikungunya. A realidade local reflete um aumento significativo na exposição a ondas de calor e na propagação de doenças, evidenciando a necessidade de ações efetivas.
A Dra. Evangelina Vormittag, patologista clínica e fundadora do Instituto Ar, tem liderado iniciativas para criar políticas públicas que integrem saúde e sustentabilidade. Desde 2006, ela tem trabalhado para revisar padrões de qualidade do ar e promover campanhas que visam reduzir a poluição. O projeto Médicos pelo Clima, que ela criou, mobiliza profissionais de saúde para discutir e agir sobre os impactos climáticos na saúde, especialmente com a realização da COP30 no Brasil em 2025.
O pediatra Renato Kfouri, também embaixador do Médicos pelo Clima, destaca a vulnerabilidade das comunidades a eventos climáticos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, que resultaram em um aumento de doenças. Ele enfatiza que todos os profissionais de saúde, incluindo geriatras, devem estar atentos aos impactos climáticos, pois os idosos são particularmente afetados por condições ambientais adversas.
Essas experiências e mobilizações demonstram que a saúde é uma voz poderosa na defesa ambiental. A união de esforços pode gerar um impacto significativo na luta contra a crise climática. Projetos que visam apoiar iniciativas de saúde e sustentabilidade são essenciais para enfrentar esses desafios e ajudar as comunidades mais afetadas. Juntos, podemos fazer a diferença e promover um futuro mais saudável e sustentável.
ICMBio e Funai firmaram acordo permitindo a presença da comunidade Guarani Mbya na Reserva Biológica Bom Jesus, gerando protestos de 68 entidades e 48 personalidades contra a flexibilização de proteções ambientais.
O Tayassu pecari, porco selvagem da América Latina, foi redescoberto na Reserva Biológica Estadual de Araras após décadas. O monitoramento, liderado por Vanessa Cabral Barbosa, revela a importância da conservação.
Uma família de bugios foi avistada em Quissamã, sinalizando um avanço na conservação da espécie ameaçada. O registro destaca a saúde do habitat e a necessidade de medidas protetivas.
Um novo projeto de energia solar promete aumentar a eficiência em trinta por cento e reduzir custos em vinte por cento, com implementação prevista em diversas cidades até o final do próximo ano. Essa iniciativa surge em um contexto de crescente foco em energias renováveis para combater as mudanças climáticas.
A dieta vegetariana, adotada por 14% da população brasileira, oferece benefícios à saúde e ao meio ambiente, como a melhora da microbiota intestinal e a redução da pegada ecológica. Especialistas alertam para a importância de um planejamento nutricional adequado.
Empresas participaram da 4ª Jornada de Inserção de Dados no SISBia, promovida pelo Ibama, visando capacitar para a gestão de dados de biodiversidade no Licenciamento Ambiental Federal. A próxima jornada ocorrerá em setembro.