Estudo da UFSCar revela que 86% dos profissionais da saúde no Brasil sofrem de Burnout, evidenciando a urgência de estratégias para ambientes de trabalho mais saudáveis e sustentáveis. A gestão de riscos psicossociais será obrigatória a partir de maio de 2026.
O debate sobre saúde mental no ambiente de trabalho ganhou destaque com a reformulação da Norma Regulamentadora número um (NR-1), que exigirá a gestão de riscos psicossociais a partir de maio de dois mil e vinte e seis. Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) revelou que oitenta e seis por cento dos profissionais da saúde no Brasil apresentam sintomas de Burnout, evidenciando a urgência de estratégias que promovam ambientes de trabalho mais saudáveis.
André Fusco, médico-psicanalista e especialista em Ergonomia Mental, destaca que cuidar de quem cuida é um dos maiores desafios na gestão em saúde. Ele aponta que, além das práticas assistenciais, é necessário revisar a estrutura organizacional das instituições hospitalares. Os dados da pesquisa mostram que oitenta e um por cento dos profissionais relatam níveis elevados de estresse, com transtornos como ansiedade e exaustão emocional sendo comuns entre médicos e enfermeiros.
Ambientes hospitalares são, por sua natureza, propensos a fatores que aumentam o risco de adoecimento, como jornadas longas e decisões críticas. Apesar disso, esses locais também oferecem um forte senso de propósito. O desafio reside em equilibrar esse engajamento com uma organização do trabalho que proteja a saúde mental dos profissionais. Fusco observa que a cultura de normalização do sofrimento é prevalente, começando muitas vezes na graduação, onde estudantes enfrentam jornadas exaustivas.
O conceito de "presenteísmo", que se refere à presença física sem condições emocionais ou cognitivas para atuar, é considerado mais perigoso que o afastamento. Fusco propõe uma mudança estrutural por meio da Ergonomia Mental, que busca adaptar o trabalho para que seja psicologicamente viável e sustentável. Essa abordagem envolve a revisão de metas, processos e formas de reconhecimento dentro das instituições.
Com base em sua experiência, Fusco sugere sete estratégias para transformar o ambiente de trabalho nas instituições de saúde. Entre elas estão o mapeamento do trabalho real, a criação de espaços protegidos de escuta, a revisão de protocolos, a formação de lideranças empáticas, o reconhecimento estratégico, o apoio ao retorno após adoecimento e a integração da saúde mental nas políticas institucionais. Essas ações visam promover ambientes mais saudáveis e resultados positivos a longo prazo.
A saúde mental deve ser encarada como um tema estratégico para a sustentabilidade das instituições, especialmente aquelas ligadas ao cuidado com vidas. Equipes saudáveis e engajadas contribuem para a redução de afastamentos e erros, além de elevar a qualidade assistencial. Nessa situação, nossa união pode ajudar a criar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos os profissionais da saúde.
Valdeci de Sousa, produtor de leite no Ceará, destaca os ganhos da Rota do Leite, que trouxe assistência técnica e cooperativismo, elevando a qualidade e o valor do seu produto. A iniciativa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) transforma a vida de pequenos agricultores, promovendo desenvolvimento regional e dignidade no campo.
Neste sábado (17), a Praça Nilo Peçanha receberá um aulão gratuito de circo, promovido pelo projeto Fantástico Mundo, com 80 vagas para todas as idades. A atividade visa promover autoconhecimento e bem-estar.
Pesquisas recentes indicam que a vacinação contra o herpes zoster pode reduzir o risco de demência, reforçando a teoria de que vírus comuns estão ligados ao Alzheimer. Ruth Itzhaki, pioneira na área, destaca a importância de mais estudos.
Ministro Jader Filho anuncia aumento do auxílio aluguel e "compra assistida" para famílias da Favela do Moinho, visando uma desocupação pacífica e sem uso de força policial. A medida busca mitigar tensões na área.
O FGV Ibre e a Umane lançaram um painel sobre Atenção Primária à Saúde, revelando avanços na cobertura, mas também alta rotatividade de profissionais e baixa vacinação. A ferramenta visa auxiliar gestores na melhoria da APS.
O novo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) de 2024 revela que o analfabetismo funcional entre jovens aumentou de 14% para 16% desde 2018, exigindo políticas públicas urgentes na educação. A pesquisa, realizada com mais de 2.500 pessoas, destaca que 29% da população entre 15 e 64 anos enfrenta dificuldades de leitura e escrita, refletindo desigualdades raciais e sociais.