Apesar da queda de 97% nos casos de dengue no Distrito Federal, especialistas alertam para um possível retorno do vírus em 2026. A vacinação ainda está abaixo da meta, e novas tecnologias estão sendo implementadas.

O Distrito Federal registrou uma queda histórica de 97% nos casos de dengue em 2025, com um total de 6.930 casos prováveis até junho, comparado a 266.346 no mesmo período do ano anterior. Apesar dessa redução significativa, especialistas alertam que a população não deve relaxar, pois o vírus pode retornar com força entre o final de 2025 e o início de 2026, quando a imunidade cruzada de muitos infectados no surto anterior pode acabar.
O professor de estatística da Universidade de Brasília, Breno Adaid, enfatiza a importância da prevenção antes das chuvas, afirmando que a fiscalização deve ser intensificada. Ele destaca que a curva de casos nos meses de outubro e novembro será crucial para prever o próximo ciclo da doença. Se os casos aumentarem rapidamente, o risco de uma nova onda de dengue será elevado.
A vacinação é uma ferramenta essencial no combate à dengue. Até junho de 2025, foram aplicadas 263.132 doses no DF, mas a cobertura ainda está aquém da meta de 90% para a primeira dose. A adesão é maior entre crianças de 11 anos, com 67,6% de cobertura, mas a taxa de abandono é alarmante, chegando a 64% entre os de 10 anos. Essa situação deixa muitos sem a imunização completa, permitindo a circulação do vírus.
A infectologista Emy Akiyama Gouveia explica que a faixa etária de 10 a 14 anos foi escolhida para a vacinação com base em dados epidemiológicos, pois apresenta altas taxas de hospitalização. Embora a vacina não esteja disponível para outras idades no Sistema Único de Saúde (SUS), ela pode ser aplicada na rede privada, sendo recomendada para pessoas de 4 a 60 anos.
O Governo do Distrito Federal intensificou as ações de combate à dengue, incluindo visitas domiciliares e o uso de novas tecnologias, como o método Wolbachia. Essa técnica utiliza mosquitos Aedes aegypti infectados com uma bactéria que impede a reprodução do vírus. As solturas estão previstas para começar em breve, visando reduzir a transmissão da doença na região.
Com a chegada do período de seca, é fundamental que a população elimine criadouros do mosquito Aedes aegypti, inspecionando suas casas regularmente. Pequenas ações podem fazer uma grande diferença na prevenção da dengue. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a se protegerem e a se recuperarem dos impactos da doença.

Pesquisador Alexandre Alanio revela novas descobertas sobre o Cryptococcus neoformans, que se oculta no corpo em estados de dormência, dificultando diagnósticos e tratamentos. Ele propõe testes moleculares e combinações de antifúngicos para melhorar a eficácia terapêutica.

Palestra no Hospital Regional de Ceilândia destaca prevenção ao HTLV em gestantes. Profissionais de saúde discutem diagnóstico precoce e acolhimento adequado.

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 450 milhões em tecnologias de RNA para fortalecer o SUS, incluindo a criação do primeiro Centro de Competência em RNA mensageiro. A iniciativa visa acelerar a resposta a emergências sanitárias e consolidar a autonomia do Brasil em saúde pública.

A Sociedade Brasileira de Diabetes atualizou diretrizes, reduzindo a idade de rastreamento para 35 anos. A nova abordagem visa diagnosticar diabetes tipo 2 mais precocemente, com um algoritmo que prioriza o teste de tolerância à glicose de 1 hora.

Câncer de pele não melanoma é o mais comum no Brasil, com sintomas que vão além de manchas, podendo incluir falta de ar quando avança para os pulmões. A detecção precoce é crucial.

Em 2024, o Brasil registrou mais de 84 mil mortes por AVC, com a hipertensão como principal fator de risco. A desigualdade na distribuição de hospitais especializados agrava a situação, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.