Dados do Mapa da Desigualdade mostram que mais da metade dos distritos de São Paulo não atingiram a média nacional do Ideb, evidenciando desigualdade educacional alarmante. A cidade, com média de 5,6, fica atrás de capitais mais pobres.
Os anos iniciais do ensino fundamental são fundamentais para a formação acadêmica dos alunos. Indicadores insatisfatórios nessa fase podem levar a um ciclo de notas baixas, desinteresse, absenteísmo e evasão escolar. É alarmante que a cidade mais rica do Brasil enfrente tais desafios. Dados do Mapa da Desigualdade de São Paulo mostram que cinquenta e três dos noventa e seis distritos não alcançaram a média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no primeiro ao quinto ano, que foi de 5,7 em 2023.
A média de São Paulo ficou em 5,6, abaixo da meta de 6,2 e da nota anterior à pandemia, que era de 6. Além disso, a cidade apresenta resultados inferiores a capitais mais pobres, como Teresina, que obteve média de 6,4. O estudo revela desigualdades significativas, com escolas da Vila Mariana alcançando média de 7,3, enquanto as do Pari ficam em apenas 4,3.
O esforço docente, um indicador calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), também foi analisado. Em regiões mais ricas, escolas com boas notas não têm professores com alto esforço docente, que é caracterizado por lecionar para mais de 400 alunos e em múltiplas escolas e turnos. Em contrapartida, cerca de dez por cento dos docentes em áreas com baixos resultados enfrentam essa realidade.
No início do ano letivo de 2025, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que "todo mundo recebe o mesmo salário, tem a mesma estrutura". Ele questionou como escolas podem ter notas tão discrepantes. Essa afirmação sugere que a responsabilidade recai apenas sobre os professores, ignorando a desigualdade na distribuição de investimentos, que não considera a realidade das comunidades.
A Secretaria Municipal de Educação tem parceria com o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) para produzir diagnósticos que evidenciam discrepâncias até entre escolas da mesma região. Esses diagnósticos indicam que diversos fatores contribuem para os baixos resultados, não se limitando à atuação dos docentes.
É essencial que essas evidências sejam utilizadas para aprimorar a gestão da rede de ensino em São Paulo, especialmente nos anos iniciais, que são cruciais para a formação dos alunos. A sociedade civil pode se unir para apoiar iniciativas que visem melhorar a educação e proporcionar um futuro melhor para as crianças em situação de vulnerabilidade.
Defensoria Pública de SP lança Carta Nacional de Acesso à Justiça com foco em gênero e raça. A iniciativa busca garantir a inclusão e participação das mulheres no sistema de Justiça, promovendo mudanças permanentes.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) oferece mais de 120 cursos online gratuitos, sem exigência de formação prévia, com certificação digital. A iniciativa visa democratizar o acesso ao conhecimento em diversas áreas. Para participar, basta se inscrever no Portal de Cursos Abertos (PoCA) da UFSCar.
Em 2023, apenas 49,3% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental estão alfabetizados, segundo o MEC. A queda em relação aos 56% anteriores levanta questões sobre a eficácia das políticas educacionais. A tecnologia, embora ofereça oportunidades, também apresenta riscos, como a distração e a superficialidade no aprendizado. A proibição do uso de celulares nas escolas visa mitigar esses problemas, mas enfrenta resistência cultural e desafios de implementação. A educação precisa equilibrar a alfabetização tradicional com o letramento digital para preparar as crianças para um futuro onde a tecnologia é uma aliada, não um obstáculo.
Instituto Federal de São Paulo (IFSP) abre 2.080 vagas em cursos técnicos gratuitos. Inscrições vão até 4 de maio de 2025, com provas em junho. O IFSP oferece oportunidades em 26 campi, priorizando ações afirmativas. Candidatos de escolas públicas e com renda familiar baixa têm vagas reservadas.
Movimentos indígenas buscam criar universidade indígena com apoio do MEC para valorizar suas culturas e saberes. A proposta, que avança no governo Lula, visa transformar o modelo educacional e atender demandas históricas.
Apenas 15% da população urbana brasileira reside em ruas com rampas para cadeirantes, segundo o IBGE. Apesar do aumento em relação a 2010, a situação ainda é crítica.