Fazenda no Mato Grosso desmatrou 1 mil hectares em área protegida, afetando onças pintadas. A JBS foi identificada como fornecedora indireta da propriedade.

Recentemente, uma fazenda no Mato Grosso desmatrou mil hectares em área protegida, afetando o habitat da onça pintada, que já perdeu 27 milhões de hectares de vegetação nativa. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) registrou 477 infrações ambientais na Área de Proteção Ambiental (APA) Meandros do Araguaia nos últimos dez anos, resultando em multas superiores a R$ 37 milhões. A fazenda, identificada como fornecedora indireta da JBS, desmatrou a área sem autorização, gerando danos significativos à biodiversidade.
A onça pintada, classificada como quase ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), desempenha um papel ecológico crucial como predador de topo. A perda de habitat e a fragmentação das populações têm levado a um aumento nos conflitos entre onças e fazendeiros, resultando em mortes e deslocamentos desses animais. Um estudo da ONG Global Witness destaca que 89% da perda de vegetação nos estados do Pará e Mato Grosso ocorreu sem as devidas autorizações legais.
O Código Florestal brasileiro exige que as fazendas mantenham áreas de vegetação nativa, mas a fiscalização é insuficiente. Alexandria Reid, da Global Witness, afirma que a aplicação das leis é fraca e que as penalidades não são suficientes para coibir o desmatamento. A JBS, maior processadora de carne do mundo, foi mencionada como parte do problema, pois sua cadeia de suprimentos permite que produtos de áreas desmatadas entrem no mercado.
Estudos indicam que as onças pintadas podem ter sua população reduzida em mais de 30% até 2031, devido a atividades agrícolas e conflitos com humanos. A extinção de predadores de topo pode causar desequilíbrios ecológicos, afetando a qualidade da água e a biodiversidade em geral. A necessidade de proteger a onça pintada é urgente, pois sua preservação garante a saúde dos ecossistemas onde vivem.
As unidades de conservação, como a APA Meandros do Araguaia, não são suficientes para garantir a proteção da biodiversidade. A fragmentação das áreas protegidas impede que animais como a onça se desloquem livremente em busca de alimento. A criação de corredores ecológicos é uma proposta para conectar essas áreas, permitindo um melhor deslocamento dos animais e a recuperação da vegetação nativa.
Estudos indicam que a implementação de corredores ecológicos pode trazer benefícios financeiros significativos, além de promover a conservação. A restauração de áreas degradadas pode gerar empregos e melhorar a qualidade ambiental. A união da sociedade civil em projetos que visem a proteção da biodiversidade é essencial para garantir um futuro sustentável para a onça pintada e outros animais ameaçados.

Cidades da Amazônia têm as piores taxas de arborização urbana do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Enquanto estados do agronegócio, como Mato Grosso do Sul, se destacam positivamente, a pesquisa revela que apenas 10,7% do Acre e 13,7% do Amazonas vivem em ruas com mais de cinco árvores.

Operação Metaverso II do Ibama apreendeu 310 mil créditos virtuais fraudulentos e mais de mil metros cúbicos de madeira ilegal no Pará, resultando em autuações de R$ 107,5 milhões. A fiscalização continua firme contra o desmatamento.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e do Instituto Fraunhofer IVV desenvolveram um substituto de carne à base de farinha de girassol, rico em proteínas e minerais. O produto, com sabor neutro e sem modificação genética, atende à crescente demanda por alternativas vegetais sustentáveis.

Estudo do Cemaden revela que 43% dos gestores de defesa civil se sentem despreparados para agir em desastres, propondo cinco frentes para fortalecer a gestão de riscos em áreas urbanas.

A migração das baleias jubarte para o litoral do Rio de Janeiro gera preocupações após a descoberta de uma jubarte morta, evidenciando a falta de fiscalização nas regras de convivência. Ambientalistas alertam para o estresse causado por barcos que cercam os animais, enquanto a recuperação da espécie desde os anos 80 aumenta os avistamentos. A diminuição do krill na Antártida pode estar alterando o comportamento das jubartes, que buscam alimento mais próximo da costa.

Estudo recente aponta que a temperatura média global pode subir 2 graus Celsius até 2050, aumentando a frequência de desastres naturais e exigindo ações urgentes de mitigação.