Em 2023, o desmatamento no Brasil caiu 32,4%, mas o Cerrado ainda enfrenta desafios, com 652.197 hectares perdidos, exigindo políticas de fiscalização e engajamento contínuos.

O desmatamento no Brasil apresentou uma queda de 32,4% em 2023 em comparação a 2022, conforme dados do MapBiomas. Apesar desse alívio, a situação ainda é preocupante, especialmente no Cerrado, onde a devastação continua a avançar. A área desmatada na Amazônia também foi a menor em seis anos, mas o aumento de incêndios e a perda de vegetação nativa indicam que os desafios ambientais permanecem.
O MapBiomas registrou 60.983 alertas de desmatamento em 2024, totalizando 1.242.079 hectares devastados. O Cerrado, com 652.197 hectares perdidos, representou 52,5% da área desmatada, sendo a região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) a mais afetada, concentrando 75% do desmatamento do bioma. A agropecuária foi responsável por 97% da perda de vegetação nativa.
Na Amazônia, foram devastados 377.708 hectares, com o Pará liderando a destruição, totalizando 2 milhões de hectares entre 2019 e 2024. A Caatinga também se destacou, com uma propriedade no Piauí perdendo 13.628 hectares em apenas três meses. Além disso, o fogo causou um aumento de 79% nas áreas atingidas por incêndios, exacerbado por secas relacionadas às mudanças climáticas.
O avanço do desmatamento e das queimadas exige atenção redobrada. O Brasil perdeu 57.930 hectares em unidades de conservação no último ano. Embora os dados positivos do MapBiomas reflitam políticas de fiscalização e punição implementadas pelo governo atual, os desafios futuros são significativos, especialmente no combate a práticas predatórias na agropecuária.
É essencial que haja um engajamento conjunto entre os governos estaduais e instituições financeiras para restringir o crédito rural a propriedades que desmatam. A análise detalhada dos dados é crucial para desenvolver políticas ambientais eficazes que integrem União, estados e municípios, promovendo a preservação dos biomas brasileiros.
Nesta conjuntura, a mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem à recuperação ambiental e à proteção das áreas devastadas. Projetos que promovam a sustentabilidade e a conservação da natureza precisam do nosso apoio para que possamos garantir um futuro mais verde e saudável para todos.

A startup Food To Save, com seu aplicativo "Sacolas Surpresa", resgatou milhares de alimentos e evitou a emissão de 187 mil kg de CO², promovendo o consumo consciente em São Paulo. A parceria com a Fruta Imperfeita já resgatou mais de 300 toneladas de frutas e verduras.

A poluição luminosa faz aves cantarem 50 minutos a mais diariamente, conforme estudo publicado na revista Science. Pesquisadores analisaram dados de 583 espécies, revelando impactos significativos em aves com olhos grandes e hábitos migratórios.

Pesquisadores da Unesp criaram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial para mapear o uso do solo no Mato Grosso, alcançando 95% de precisão nas análises. Essa metodologia pode auxiliar na formulação de políticas públicas que beneficiem tanto a agropecuária quanto a preservação ambiental.

O Ibama realizou atividades educativas em Florianópolis para crianças de quatro a cinco anos, abordando temas ambientais e doando uma muda de pitangueira como símbolo de continuidade. A ação reforça a importância da educação ambiental na formação de valores e atitudes para a conservação do meio ambiente.

Negociações climáticas em Bonn não avançaram em questões cruciais, como financiamento e adaptação, aumentando a pressão sobre a COP30 em Belém. O Brasil, anfitrião, enfrenta desafios históricos sem soluções práticas.

Uma coalizão de ONGs promoverá um evento em Diamantina (MG) de 25 a 27 de julho para discutir uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF contra decretos que afetam a proteção ambiental. O encontro visa barrar a mineração de lítio no Vale do Jequitinhonha, destacando os impactos negativos da exploração, como o estresse hídrico e problemas de saúde. A iniciativa conta com a participação de diversos movimentos sociais e parlamentares, incluindo a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG).