Relatório do Greenpeace revela aumento de 93% na devastação da TI Sararé, enquanto outras terras indígenas apresentam queda. Garimpeiros migram para áreas menos protegidas.
Um novo relatório do Greenpeace revela que a devastação causada pelo garimpo ilegal de ouro na Amazônia apresenta resultados mistos. Enquanto a destruição caiu em três terras indígenas, a Terra Indígena (TI) Sararé, no Mato Grosso, registrou um aumento alarmante de 93% na devastação. O relatório, divulgado em 8 de abril de 2024, destaca que o ouro extraído ilegalmente é frequentemente vendido para pequenas joalherias em Boa Vista, capital de Roraima, e que sua origem é difícil de rastrear.
O Greenpeace aponta que, apesar de uma leve redução no desmatamento em outras áreas, como na TI Yanomami (-7%), Munduruku (-57%) e Kayapó (-31%), a TI Sararé se tornou um novo foco de exploração. Em 2023, o desmatamento para garimpo foi de 20 quilômetros quadrados, aumentando para 22 quilômetros quadrados em 2024. Jorge Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil, afirma que, embora o governo tenha conseguido conter a abertura de novas áreas em locais críticos, o garimpo continua a ser uma ameaça para os povos indígenas.
O relatório também revela que, em 2023, o Brasil exportou 61 toneladas de ouro, com cerca de 25% desse total proveniente de estados amazônicos, sendo o Mato Grosso o principal responsável. Os maiores compradores em 2024 foram Canadá, Suíça e Reino Unido. A Suíça, que já foi alvo de críticas por adquirir ouro ilegal, comprometeu-se em 2022 a não comprar mais ouro extraído de forma criminosa na Amazônia.
O ouro, devido ao seu alto valor e baixo volume, é facilmente manipulado e muitas vezes se torna moeda de troca nas comunidades locais. O relatório destaca que a venda do metal ocorre sem documentação adequada, e a única exigência legal era uma nota escrita à mão, que foi extinta em março de 2024. A falta de fiscalização na cadeia de custódia do ouro facilita a lavagem e a comercialização de produtos ilegais.
Com o aumento da fiscalização na TI Yanomami, muitos garimpeiros migraram para áreas menos protegidas, como a TI Sararé. Dinamam Tuxá, advogado e coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), afirma que a migração ocorre devido à falta de proteção efetiva do Estado em outras regiões. A presença de garimpeiros representa uma ameaça não apenas à floresta, mas também à saúde das comunidades indígenas e à segurança de quem denuncia essas atividades.
A Apib defende que o combate ao garimpo ilegal deve incluir uma proposta estruturante que envolva fiscalização e monitoramento das terras indígenas. Além disso, é essencial criar mecanismos de rastreabilidade para identificar a origem do ouro. A proteção das terras indígenas é vital, pois os povos indígenas são os melhores defensores da floresta amazônica. Nessa luta, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que visem a proteção ambiental e a valorização das comunidades afetadas.
O fórum “COP30 – O que o Brasil deve entregar ao mundo em Belém” reunirá especialistas em São Paulo para discutir sustentabilidade e desafios climáticos, com foco na Conferência das Nações Unidas de 2025. O evento, promovido por VEJA e VEJA NEGÓCIOS, contará com a presença do governador do Pará, Helder Barbalho, e abordará temas como agronegócio, preservação de florestas, transição energética e financiamento da economia verde.
O Senado aprovou o PL 2.159/2021, que facilita licenças ambientais, gerando críticas por potencializar a degradação e isentar atividades de licenciamento. A Câmara deve corrigir os erros do projeto.
A onça-pintada Ruana foi transferida de avião para o Zoológico de São Paulo, onde se preparará para um programa de conservação com o macho Raimundinho, visando a preservação da espécie ameaçada. A ação é parte do Plano de Ação Nacional do ICMBio, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da AZAB.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para queda de temperatura em doze Estados, com a chegada de uma frente fria ao Rio Grande do Sul entre 27 e 28 de setembro. O fenômeno provocará um declínio superior a 5ºC, afetando também São Paulo e outras regiões. As temperaturas devem cair ainda mais entre quinta-feira e sexta-feira, 30, nas áreas Centro-Oeste e Norte.
O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, com foco na erradicação do desmatamento e reflorestamento, segundo Newton La Scala, da Unesp. A queda de 30% no desmatamento em 2023 é um passo significativo para alcançar a neutralidade climática até 2050.
Angelina Jolie se encontrou com Raquel Machado, presidente do Instituto Libio, no Brasil, destacando a reabilitação de animais e a educação ambiental. A visita gerou visibilidade para a causa.