Impacto Social

Despedida de professora marca tragédia após morte de criança em desafio letal nas redes sociais

Professores de Ceilândia lamentam a morte de aluna após desafio perigoso nas redes sociais. A polícia investiga os responsáveis e alerta sobre a segurança infantil online.

Atualizado em
April 15, 2025
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17/03/2025. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Enterro da criança Sarah Raissa no cemitério de Taguatinga. Polícia investiga se a motivação foi pelo desafio do desodorante. - (crédito: Minervino Júnior/CB)

Izabella Nogueira, professora da rede pública de ensino em Ceilândia, expressou sua dor ao se despedir de uma aluna que faleceu após participar de um desafio perigoso nas redes sociais. A criança, que tinha apenas 8 anos, morreu em decorrência da inalação prolongada de um desodorante em aerosol, prática conhecida como "desafio do desodorante", que circula entre jovens no TikTok. O incidente ocorreu no dia 10 de abril de 2025, e a educadora lamentou a perda, destacando que a menina era cheia de vida e criatividade.

A professora Izabella e seus colegas de trabalho planejam abordar o tema na escola para prevenir novos casos semelhantes. O caso de Sarah Raíssa Pereira não é isolado; dados do Instituto DimiCuida indicam que, entre 2014 e 2025, ao menos 56 crianças e adolescentes no Brasil perderam a vida participando de desafios perigosos nas redes sociais. Situações semelhantes já ocorreram em São Bernardo do Campo e em Pernambuco, envolvendo a mesma prática.

A polícia, sob a liderança do delegado-chefe adjunto da 15ª Delegacia de Polícia, Walber José de Sousa Lima, investiga a origem do desafio e quem o disseminou. Os responsáveis podem enfrentar acusações de homicídio duplamente qualificado, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão. O delegado também enfatizou a importância do monitoramento por parte dos pais sobre o conteúdo acessado por seus filhos nas redes sociais.

A educadora parental Priscilla Montes alertou sobre a vulnerabilidade das crianças nas redes sociais, onde buscam pertencimento e atenção. Segundo ela, a falta de supervisão e diálogo com os pais pode levar os jovens a se exporem a conteúdos perigosos. Montes destacou que o ambiente familiar, muitas vezes considerado seguro, pode se tornar arriscado quando as crianças têm acesso irrestrito à internet.

A advogada criminalista Lina Rezende explicou que, no Brasil, crianças com menos de 12 anos não podem ser responsabilizadas penalmente, enquanto adolescentes entre 12 e 18 anos podem ser responsabilizados por crimes graves. Além disso, ela ressaltou a necessidade de responsabilizar as plataformas digitais, como o TikTok, por não moderarem adequadamente o conteúdo que disponibilizam.

Este trágico evento destaca a urgência de um diálogo mais profundo sobre segurança online e a responsabilidade compartilhada entre pais, educadores e plataformas digitais. A união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a conscientização e a proteção das crianças em ambientes digitais, ajudando a prevenir futuras tragédias.

Correio Braziliense
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