Em 2023, apenas 49,3% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental estão alfabetizados, segundo o MEC. A queda em relação aos 56% anteriores levanta questões sobre a eficácia das políticas educacionais. A tecnologia, embora ofereça oportunidades, também apresenta riscos, como a distração e a superficialidade no aprendizado. A proibição do uso de celulares nas escolas visa mitigar esses problemas, mas enfrenta resistência cultural e desafios de implementação. A educação precisa equilibrar a alfabetização tradicional com o letramento digital para preparar as crianças para um futuro onde a tecnologia é uma aliada, não um obstáculo.

Em 2023, o Ministério da Educação (MEC) revelou que apenas 49,3% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental estavam alfabetizados, uma queda em relação aos 56% previamente anunciados. Essa discrepância gerou debates sobre a eficácia das políticas educacionais, especialmente no contexto de um país que enfrenta desafios significativos na área da educação.
Os dados foram divulgados no dia 3 de abril, após críticas sobre a demora na apresentação dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Especialistas questionam a precisão dos números, considerando a diferença de 7% entre as duas medições. Enquanto o governo defende que os novos dados são mais confiáveis, educadores se preocupam com a capacidade de concentração e autonomia das crianças, que estão cada vez mais imersas no ambiente digital.
A tecnologia, embora ofereça oportunidades de aprendizado, também apresenta riscos. O uso excessivo de dispositivos móveis pode fragmentar a atenção dos alunos, dificultando o fortalecimento das bases cognitivas necessárias para a alfabetização. Desde o início do ano letivo, as escolas brasileiras proibiram o uso de celulares, exceto em atividades supervisionadas, uma medida que enfrenta resistência cultural e desafios de fiscalização.
Enquanto isso, a Austrália adotou uma abordagem mais rigorosa, proibindo o uso de redes sociais por menores de 16 anos, em resposta aos riscos associados ao conteúdo nocivo disponível nessas plataformas. A professora Adriana Pavarina, especialista em Psicologia Educacional, defende uma política pública equilibrada que proteja os direitos dos adolescentes, ao mesmo tempo em que os prepara para o mundo digital.
A Base Nacional Comum Curricular para Computação, homologada pelo MEC em 2022, busca integrar a alfabetização tradicional com o letramento digital. A proposta é desenvolver habilidades cognitivas fundamentais, como análise de dados e resolução de problemas, que são essenciais para a alfabetização convencional. No entanto, muitas escolas ainda limitam o uso da tecnologia ao ensino básico de informática.
A inteligência artificial generativa, que se tornou uma ferramenta poderosa na educação, pode tanto enriquecer quanto prejudicar o aprendizado, dependendo de seu uso. Pavarina alerta para o risco de formar uma geração de "preguiçosos cognitivos" se a tecnologia for utilizada de maneira passiva. Para reverter essa tendência, é fundamental promover um ambiente de aprendizado que valorize o esforço e a curiosidade. A união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que busquem melhorar a educação e o desenvolvimento das crianças no Brasil.

Estão abertas as inscrições para o curso gratuito "Carreira de Excelência", promovido pela Fundação Estudar em treze cidades do Brasil, com foco no desenvolvimento profissional de jovens universitários. O curso oferece encontros presenciais e online, com bolsas integrais e um projeto prático para impulsionar carreiras. As inscrições vão até 31 de maio.

Indígenas e especialistas clamam por uma educação que valorize a história e cultura originária no Brasil. Edson Kayapó e Vanda Witoto destacam a necessidade de reformar o ensino para incluir a rica diversidade cultural indígena e a história pré-colonial, evidenciando lacunas no material didático e na formação de professores. Iniciativas como bibliotecas itinerantes e conteúdos digitais buscam promover esse conhecimento, essencial para desconstruir estigmas e fortalecer identidades.

Ministro da Educação, Camilo Santana, cria grupo de especialistas para garantir transparência dos dados do Saeb e apresenta o Indicador Criança Alfabetizada como novo padrão de alfabetização.

Hospital Regional de Santa Maria promove II Encontro de Conscientização sobre atendimento a pacientes com Transtorno do Espectro Autista, abordando humanização e inclusão social.

O Brasil enfrenta desafios na criatividade educacional, com baixos índices no Pisa. Especialistas defendem que a liberdade de brincar e abordagens inovadoras nas escolas são essenciais para reverter esse quadro.

António Nóvoa, presidente da Comissão Internacional da Unesco, critica a superficialidade do debate sobre IA na educação e defende mudanças estruturais nas escolas para enfrentar desafios contemporâneos.