O 3º Encontro Internacional de Educação Midiática, realizado em Brasília, destacou a urgência de políticas públicas para proteger crianças e idosos da desinformação e crimes virtuais. Autoridades como a senadora Teresa Leitão e a secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Pilar Lacerda, enfatizaram a importância da educação midiática como ferramenta de segurança. O evento também premiou criadores de conteúdo educacional no Prêmio YouTube Educação Digital, reconhecendo iniciativas que promovem a educação acessível e de qualidade.

O 3º Encontro Internacional de Educação Midiática começou na quinta-feira, 22 de maio de 2025, em Brasília, na Casa Thomas Jefferson. O evento reuniu autoridades e especialistas para discutir a relevância da educação midiática em todas as idades e a necessidade de políticas públicas que garantam direitos e combatam a desinformação. A senadora Teresa Leitão, presidente da Comissão de Educação e Cultura do Senado, enfatizou a urgência de ações para proteger os mais jovens, destacando que mais de 25 milhões de crianças e adolescentes estão online.
A senadora ressaltou a importância de diretrizes eficazes, como a remoção de conteúdos ilegais e o controle do uso de dispositivos nas escolas. Ela é autora do Projeto de Lei 1010/2025, que visa promover e regulamentar a educação midiática no Brasil. No contexto do Maio Laranja, mês de combate ao abuso infantil, Pilar Lacerda, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, defendeu a educação midiática como uma ferramenta de proteção e segurança para os jovens.
A preocupação com a população idosa também foi abordada, com o secretário nacional da Pessoa Idosa, Kênio Costa de Lima, alertando sobre o aumento de golpes virtuais, que cresceram mais de setenta por cento em relação ao ano anterior. Ele destacou a necessidade de incluir os idosos nas políticas de educação midiática, dada a relação entre esses crimes e o aumento da depressão e suicídio entre essa faixa etária.
O evento contou com três painéis que discutiram a educação midiática em todas as idades, experiências práticas e o diálogo sobre educação e juventude. Kátia Helena Schweickardt, secretária de Educação Básica do MEC, apresentou o programa Pé-de-Meia, que visa reduzir a evasão escolar, destacando que até 2022, quatrocentos e oitenta mil jovens deixavam o ensino médio anualmente. O professor e influenciador Noslen Borges enfatizou a importância da interpretação de textos na formação do senso crítico.
O dia de abertura foi encerrado com a entrega do Prêmio YouTube Educação Digital, que reconhece criadores de conteúdo educacional. Clarissa Orberg, head de parcerias do YouTube, destacou a importância da premiação para valorizar educadores digitais que utilizam a plataforma para engajar audiências. O canal Manual do Mundo foi um dos homenageados, com Mariana Fulfaro celebrando a relevância do conteúdo educativo na atualidade.
A presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, ressaltou a educação midiática como um direito fundamental e uma ferramenta essencial no combate à desinformação. O evento continuou no dia seguinte com apresentações e discussões sobre o papel da educação midiática. Iniciativas como essas devem ser apoiadas pela sociedade civil, pois podem transformar a realidade de muitos, especialmente os mais vulneráveis.

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) um plano para repor aulas perdidas por violência em até 120 dias, visando garantir a qualidade do ensino. A proposta inclui diretrizes para compensação e monitoramento da implementação.

A Fiocruz abriu inscrições para a segunda turma do Programa VigiFronteiras-Brasil, com 75 vagas para mestrado e doutorado, priorizando ações afirmativas e novos locais de aulas. O programa visa fortalecer a vigilância em saúde nas fronteiras do Brasil e países vizinhos, com início das aulas previsto para janeiro de 2026.

Dez categorias profissionais da Saúde buscam que cursos como Nutrição e Fisioterapia sejam exclusivamente presenciais, alegando riscos à formação e à segurança da saúde. O Conselho Nacional de Educação deve revisar as Diretrizes Nacionais Curriculares, com expectativa de mudanças em até dois anos.

O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP oferece um curso gratuito de astronomia para meninas de 14 a 17 anos, com inscrições até 8 de junho. O projeto Astrominas visa aumentar a participação feminina nas ciências.

A Fundação Bradesco e a Microsoft lançam quatro novos cursos gratuitos online sobre inteligência artificial, visando promover inclusão digital e qualificação profissional. As inscrições estão abertas na plataforma Escola Virtual.

Cerca de 16% da população brasileira vive em ruas sem calçadas, segundo o IBGE. Apesar do avanço na presença de calçadas desde 2010, apenas 15% têm acessibilidade para cadeirantes, evidenciando a necessidade de melhorias na infraestrutura urbana.