Resultados do Enade 2023 mostram que 27,3% dos cursos de medicina em faculdades particulares têm notas baixas, enquanto nas públicas o índice é de apenas 6%. O MEC planeja regular o ensino superior.

Os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2023 revelaram que 27,3% dos cursos de medicina em faculdades particulares apresentaram notas baixas, enquanto nas universidades públicas esse índice foi de apenas 6%. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) em Brasília, após um atraso na publicação que deveria ter ocorrido em setembro do ano anterior. O Enade é uma avaliação obrigatória para alunos do último ano de graduação, que mede aspectos da formação geral e específica.
Um total de 31 mil estudantes de 309 cursos de medicina foram avaliados. Dentre os cursos privados, 190 foram analisados, e 52 deles obtiveram conceitos Enade 1 e 2, considerados inadequados. Em contrapartida, apenas 4,7% dos cursos privados alcançaram a nota máxima de 5. Na rede pública, 119 cursos foram avaliados, com sete obtendo conceitos 1 e 2, sendo dois de universidades federais.
O conceito Enade, que varia de 1 a 5, reflete o desempenho médio dos alunos na avaliação. Na edição de 2023, também foram avaliados cursos nas áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e engenharias, totalizando 9.812 cursos de 1.347 instituições, com a maioria sendo da rede privada. Em enfermagem, por exemplo, um terço dos cursos avaliados obteve notas baixas, com 98,8% dos cursos com conceitos 1 e 2 sendo de instituições particulares.
O ministro da Educação, Camilo Santana, expressou preocupação com a qualidade dos cursos de medicina nas faculdades particulares e anunciou a criação de um órgão para regular o ensino superior. O objetivo é investigar a qualidade do ensino e os preços das mensalidades, evitando cobranças abusivas. Desde 2018, o MEC havia suspendido a criação de novos cursos de medicina e o aumento de vagas em cursos existentes, visando garantir a qualidade do ensino médico no país.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) está considerando mudanças no modelo de avaliação dos cursos de medicina, reconhecendo limitações na prova atual, que possui um número reduzido de questões. O Inep já implementou alterações na avaliação dos cursos de licenciatura e acredita que é hora de repensar a avaliação dos cursos de medicina.
Esses dados evidenciam a necessidade de uma ação coletiva para melhorar a qualidade do ensino superior, especialmente em áreas críticas como a medicina. A sociedade civil pode se unir para apoiar iniciativas que visem a melhoria das condições de ensino e a redução de mensalidades, garantindo um futuro melhor para os estudantes e a população.

No Festival de Jornalismo do Prêmio Engenho, realizado em 19 de agosto, mais de 300 estudantes participaram de palestras com renomados jornalistas, incluindo Denise Rothenburg, que elogiou o interesse da nova geração. O evento, que ocorreu no Auditório do Sistema CNA-Senar, visa fortalecer a formação de futuros jornalistas e promover debates sobre o mercado. Oficinas gratuitas estão programadas para o dia 20 de agosto, com a expectativa de enriquecer ainda mais a experiência dos alunos. A presidente do prêmio, Kátia Cubel, destacou a importância da iniciativa para a credibilidade e cidadania no jornalismo.

O MEC abriu o prazo para isenção da taxa do Enem 2025 até 25 de abril. Estudantes de escolas públicas e com renda baixa podem solicitar. Resultados serão divulgados em 12 de maio.

Prefeitura de São Paulo inaugura Centro TEA, promovendo autonomia para pessoas com autismo. O Centro TEA Dra. Marina Magro Beringhs Martinez, primeiro na América Latina sem aspecto hospitalar, oferece suporte multidisciplinar e atividades diversas para jovens e adultos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Com investimento de R$ 55,7 milhões, o espaço visa promover a inclusão e a qualidade de vida, além de capacitar familiares e estimular a autonomia financeira.

O Senado brasileiro aprovou a renovação da lei de cotas, aumentando a reserva de vagas para pessoas negras de 20% para 30% e incluindo cotas para indígenas e quilombolas. Apesar da mudança, apenas 1,4% dos municípios adotam cotas em concursos públicos.

Neste sábado (20), a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) promoveu cursos de Letramento Racial e Protocolo Por Todas Elas, capacitando colaboradores de eventos em Brasília. A ação, parte das comemorações pelos 65 anos da cidade, visa criar um ambiente mais inclusivo e seguro, abordando questões de racismo e violência contra a mulher. Gisele Silva, participante do curso, ressaltou a importância do aprendizado para identificar e denunciar práticas discriminatórias. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, enfatizou o compromisso do governo com os direitos humanos e a igualdade.

A Unimed Sorocaba inaugurou o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEPE) e uma nova unidade da Faculdade Unimed, ampliando a formação e pesquisa na saúde na região. A iniciativa visa aprimorar profissionais e impulsionar a pesquisa clínica.