Escola em São Gonçalo lidera ranking de violência armada, com 18 tiroteios em um ano, afetando 48% dos estudantes do Grande Rio. Relatório do UNICEF destaca a urgência de políticas públicas integradas.

Um relatório recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e parceiros revela que uma escola em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é a mais afetada por episódios de violência armada, com dezoito ocorrências registradas. Isso representa um tiroteio a cada duas semanas, destacando a grave situação de segurança nas instituições de ensino da região. O estudo, intitulado "Educação Sob Cerco", foi divulgado nesta quinta-feira e analisa o impacto da violência nas escolas do Grande Rio.
Maria Isabel Couto, diretora do Instituto Fogo Cruzado, enfatiza que a presença de uma escola de São Gonçalo no topo do ranking de violência é um alerta para os gestores públicos. Ela defende que as escolas devem permanecer abertas e que os serviços precisam ser acessíveis à população. O estudo aponta que quase metade (quarenta e oito por cento) das crianças e adolescentes do Grande Rio estão expostas à violência crônica, o que agrava as desigualdades sociais.
Daniel Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF), destaca que a educação é fundamental para a mobilidade social. Quando a educação é prejudicada pela violência, as desigualdades se aprofundam. Ele observa que as escolas mais afetadas pela violência armada oferecem uma educação de qualidade inferior, dificultando o acesso dos alunos a oportunidades de qualificação.
O relatório também revela que, em 2022, ocorreram mais de quatro mil e quatrocentos eventos de violência armada nas imediações de escolas, com a Zona Norte do Rio concentrando a maior parte das ocorrências. O Complexo da Maré, por exemplo, registrou duzentos e setenta e seis tiroteios em torno de quarenta e cinco escolas. A Baixada Fluminense também apresentou números alarmantes, com mil e cento e dez ocorrências.
Além disso, o estudo revela que a desigualdade na exposição à violência armada varia entre as regiões. Enquanto trinta por cento das escolas da Zona Sul registraram pelo menos um episódio de violência, esse número sobe para sessenta e cinco por cento na Zona Norte. Flavia Antunes, chefe do escritório do Unicef no Rio de Janeiro, ressalta a necessidade de integrar as políticas de segurança pública e educação para mitigar os efeitos da violência no acesso à educação.
Diante dessa situação alarmante, é essencial que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem melhorar a segurança e a qualidade da educação nas áreas afetadas. A união em torno de projetos que promovam a proteção e o acesso à educação pode fazer uma diferença significativa na vida de crianças e adolescentes expostos à violência armada.

Helena Monteiro da Costa, última herdeira de um escravizado do século 19, ganhou reconhecimento aos 100 anos com a mudança do nome de uma travessa para Anísio José da Costa, homenageando seu pai.

O governo Lula prioriza a saúde da classe trabalhadora com novas diretrizes e aumento de repasses. A lista de doenças relacionadas ao trabalho foi atualizada após 24 anos, refletindo um compromisso com a saúde e segurança no trabalho.

O governo federal anunciou dois novos leilões do Eco Invest, focando em investimentos sustentáveis, com destaque para Fundos de Investimento em Participações e soluções de equity e dívida. Os leilões visam atrair capital para projetos inovadores em setores estratégicos, como combustível sustentável de aviação e minerais críticos, alinhando-se à COP 30.

A psicóloga Alessandra Arrais discute a relevância dos bebês reborn na saúde mental materna, especialmente em lutos, durante a campanha Maio Furta-Cor, que visa aumentar a conscientização sobre o tema.

Estão abertas as inscrições para um curso gratuito sobre inteligência artificial na cultura, promovido pela Fundação Itaú e ESPM-Rio, com foco em profissionais independentes. O curso, que ocorrerá de 18 de agosto a 27 de outubro, oferece 30 vagas, sendo 15 para ações afirmativas. Os participantes desenvolverão projetos autorais e poderão receber certificação ao final. As inscrições vão até 15 de julho.

O caso de Alice, uma menina brasileira autista não verbal, que aguardou 50 dias para se reunir com seu cão de companhia, inspirou a "Lei Teddy", proposta pela deputada Inês de Sousa Real. O projeto visa proibir o transporte de animais no porão de aviões, garantindo dignidade e segurança para famílias com necessidades especiais. O pai de Alice expressou esperança na aprovação da lei, ressaltando a importância de direitos para pessoas com deficiência.