O ESG Summit 2025, promovido pela EXAME, enfatizou a urgência de ações coordenadas contra a crise climática, destacando o papel do Brasil e a importância do engajamento social. O evento abordou soluções para adaptação urbana, saneamento e desigualdades sociais, com a participação de líderes do setor público e privado.
O ESG Summit 2025, realizado pela EXAME em São Paulo, destacou a urgência de ações coordenadas diante da crise climática, especialmente com a COP30 se aproximando, marcada para novembro em Belém do Pará. O evento reuniu representantes do setor público, privado e da sociedade civil, enfatizando a necessidade de soluções práticas para problemas como adaptação urbana, saneamento e desigualdades sociais. Renata Faber, diretora de ESG da EXAME, ressaltou que “a sustentabilidade é uma agenda coletiva” que requer a colaboração entre diferentes setores.
O primeiro debate do evento abordou os desafios da conferência do clima da ONU, com foco na Amazônia como um ponto central nas discussões ambientais. Plínio Ribeiro, conselheiro da Ambipar, afirmou que o Brasil tem potencial para liderar iniciativas baseadas na natureza. Faber acrescentou que a diplomacia brasileira deve amplificar as vozes de povos indígenas e comunidades tradicionais, que frequentemente não são ouvidas nas COPs.
O diretor do Banco da Amazônia, Fábio Maeda, lembrou que a região abriga trinta milhões de habitantes que enfrentam desafios sociais e têm um potencial econômico ainda inexplorado. O debate se intensificou ao discutir como decisões urbanas e políticas públicas podem ser implementadas na prática, especialmente após a tragédia climática no Rio Grande do Sul em 2024. Leo Farah, CEO da HUMUS, destacou a importância de capacitar a população para lidar com eventos climáticos extremos.
Gabriel Souza, vice-governador do estado, mencionou que a tecnologia de satélites tem facilitado o mapeamento de enchentes e a assistência a famílias afetadas. O estado planeja investir R$ 14 bilhões até 2027 em infraestrutura. Fernando Passalio, presidente da Copasa, defendeu a necessidade de ações proativas, citando um projeto em Montes Claros que resolveu um histórico problema de abastecimento.
André Machado, do Instituto Trata Brasil, trouxe dados alarmantes sobre a falta de saneamento no país, com mais de noventa milhões de brasileiros sem coleta de esgoto e trinta milhões sem acesso à água potável. Ele alertou que essas carências afetam desproporcionalmente mulheres, pessoas negras e indígenas. Na área da saúde, Gustavo Meirelles, da Afya, apresentou um estudo que mostra que cada real investido em faculdades de medicina gera um retorno social significativo, melhorando indicadores de saúde pública.
Os participantes concordaram que o engajamento de stakeholders é crucial para uma verdadeira cultura ESG. Lia Rizzo, editora de ESG da EXAME, enfatizou que as discussões devem ressoar além do evento. Waldir Beira Junior, CEO da Ypê, compartilhou como a sustentabilidade está integrada à estratégia da empresa. A certificação de empresas B foi celebrada como um passo importante para a responsabilidade socioambiental. Projetos que visam a transformação social e ambiental precisam do apoio da sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na vida de muitos.
Uma carta aberta de 290 empresas, incluindo gigantes como Coca-Cola e Nestlé, clama por um tratado global para combater a poluição plástica, com reunião decisiva marcada para agosto em Genebra. O documento destaca a urgência de regulamentações harmonizadas para enfrentar a crise ambiental, já que apenas 9% do plástico é reciclado globalmente.
Pescadores avistaram uma onça parda nadando no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (MT), ressaltando a importância da preservação da espécie ameaçada de extinção. O felino, conhecido por sua habilidade de nadar, foi flagrado por Matheus Moreira e Paulo Roncaglio, que estavam na região para pescar.
Estudo da UFRJ e UVA revela que 8,5% das mortes infantis por doenças respiratórias na zona oeste do Rio poderiam ser evitadas com a redução do PM 2.5, superando limites da OMS. A pesquisa destaca a urgência de ações para melhorar a qualidade do ar.
O metano, um gás de efeito estufa, foi negligenciado por anos, mas sua redução é agora urgente. A indústria de petróleo e gás se comprometeu a reduzir emissões até 2030, embora o progresso seja lento.
Estudo da USP revela que a economia azul no Brasil representa 2,91% do PIB e 1,07% do emprego, destacando sua interconexão com cadeias econômicas internas e a necessidade de políticas integradas.
Promotoria de Justiça de Panorama cobra explicações sobre a falta de repovoamento de peixes no Rio Paraná, após desativação da Estação de Piscicultura da Cesp em Castilho, que impacta a economia local.