Estudo da Universidade de São Paulo (USP) sequenciou o genoma de 2.723 brasileiros, revelando 8 milhões de variantes genéticas e destacando a diversidade étnica e suas implicações para a saúde pública. A pesquisa, publicada na revista Science, é um marco na representação da genética brasileira, abordando ancestralidades africanas, indígenas e europeias, e promete avanços na medicina de precisão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Um estudo realizado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com o Ministério da Saúde, sequenciou o genoma completo de dois mil setecentos e vinte e três brasileiros de diversas regiões do país. Publicado na revista Science, o trabalho revelou mais de oito milhões de variantes genéticas, com mais de trinta e seis mil delas potencialmente impactando a saúde, incluindo predisposições a doenças como cardíacas, obesidade, malária, hepatite e tuberculose. Este é o maior banco de dados genômico já criado com a população brasileira, abrangendo ancestralidades africanas, indígenas e europeias.
A geneticista Tábita Hünemeier, coautora do estudo, destacou que a população brasileira possui a maior diversidade africana do continente americano e um alto grau de miscigenação, o que pode oferecer novas perspectivas sobre a saúde da população. A Dra. Lygia Pereira, líder do projeto, enfatizou que, apesar da extinção de noventa por cento dos povos originários, fragmentos de seus genomas ainda estão presentes nos brasileiros atuais, refletindo a complexa história de miscigenação no país.
O estudo revelou que setenta e um por cento dos cromossomos Y, que representam a herança paterna, têm origem europeia, enquanto as linhagens mitocondriais, que representam a herança materna, são majoritariamente africanas (quarenta e dois por cento) e indígenas (trinta e cinco por cento). Essa distribuição reflete as relações assimétricas entre colonizadores e mulheres escravizadas ou indígenas. Além disso, foi observada uma tendência recente de "acasalamento seletivo", onde casais tendem a se formar dentro do mesmo grupo étnico.
Os pesquisadores também identificaram genes favorecidos pela seleção natural, relacionados à fertilidade, metabolismo e imunidade, que são reflexos da intensa pressão seletiva enfrentada por essa população ao longo dos últimos quinhentos anos. A Dra. Lygia ressaltou que entender a genética do povo brasileiro é um ato de valorização e reconstrução da identidade nacional, revelando as cicatrizes biológicas deixadas pela história.
O projeto "DNA do Brasil" faz parte do Programa Genomas Brasil, que visa criar uma plataforma com dados genômicos de cem mil brasileiros. A pesquisa já está sendo ampliada com a inclusão de dados de outras instituições, como o Hospital Israelita Albert Einstein e o Instituto Nacional de Cardiologia, para aprofundar o conhecimento sobre a genética da população brasileira. A Dra. Lygia destacou que os dados estão, por enquanto, restritos a pesquisadores, mas há planos para uma política de compartilhamento que visa desenvolver a medicina de precisão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Esse estudo é um passo importante para a inclusão de populações diversas em bancos genéticos globais, uma vez que noventa e quatro por cento da população mundial não é branca. A pesquisa não apenas contribui para o entendimento da população brasileira, mas também para a representação de outras populações historicamente sub-representadas. Em situações como essa, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a saúde e o bem-estar de todos.
A hipertensão arterial, que afeta cerca de 30% dos adultos no Brasil, pode ser controlada com mudanças na alimentação. Adoção de temperos naturais, alho, laticínios, azeite de oliva e cereais integrais é essencial para a saúde cardiovascular.
A Anvisa aprovou a primeira vacina contra a chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan e Valneva, com eficácia de até 98,9%. A imunização será disponibilizada pelo SUS após produção em larga escala.
O câncer de fígado é uma neoplasia silenciosa e agressiva, com previsão de 10.700 novos casos anuais no Brasil entre 2023 e 2025, destacando a urgência do diagnóstico precoce e da conscientização sobre sintomas e fatores de risco.
Estudo do Programa Genomas Brasil, financiado pelo Ministério da Saúde, revelou 8 milhões de variantes genéticas inéditas, com foco em doenças cardíacas e metabólicas. A pesquisa, que envolveu mais de 2,7 mil brasileiros, destaca a diversidade genética do país e pode transformar políticas de saúde pública.
A CCJ da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1986/24, que prioriza a divulgação dos sintomas do câncer infantojuvenil em campanhas de conscientização. A proposta, do deputado Jefferson Campos (PL-SP), segue para o Senado. A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), destacou a importância da medida para garantir o direito à saúde e a proteção integral de crianças e adolescentes. Além disso, o projeto inclui programas de educação continuada para profissionais de saúde, visando um diagnóstico mais ágil.
O Ministério da Saúde oficializou a inclusão do transplante de membrana amniótica no tratamento de queimaduras no SUS, prometendo acelerar a cicatrização e reduzir dores. A implementação ocorrerá em até 180 dias.