Consumo de bebidas açucaradas duplica risco de câncer de intestino em jovens. Pesquisa revela aumento alarmante de casos no Brasil, especialmente entre menores de 50 anos. O câncer colorretal, que afeta a parte inferior do sistema digestivo, está em ascensão, com a má alimentação e o consumo excessivo de açúcar como fatores críticos. Um estudo de mais de duas décadas, envolvendo cerca de 100 mil enfermeiros, mostra que ingerir duas ou mais bebidas açucaradas diariamente pode aumentar o risco da doença em até 40%. Especialistas alertam para a necessidade de medidas regulatórias para coibir o consumo excessivo, especialmente entre crianças.
Uma pesquisa recente publicada na revista Gut revelou que o consumo de bebidas açucaradas pode dobrar o risco de câncer de intestino em adultos jovens, especialmente no Brasil, onde os casos têm aumentado entre pessoas com menos de cinquenta anos. O estudo, que analisou dados de aproximadamente cem mil profissionais de enfermagem entre 1991 e 2015, mostrou que o consumo de duas ou mais bebidas açucaradas por dia aumenta em dezesseis por cento o risco de câncer em mulheres e em trinta e dois por cento em adolescentes.
O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, afeta a parte inferior do sistema digestivo, incluindo o intestino grosso e o reto. Segundo o oncologista Fernando Maluf, um dos principais achados do estudo foi a identificação de um grupo significativo de enfermeiras que, desde a adolescência, consumiram regularmente bebidas adoçadas, como refrigerantes e energéticos. Maluf destacou que aqueles que ingerem mais de duzentos e cinquenta mililitros de bebidas açucaradas por semana podem ter um risco de câncer de intestino entre trinta e cinco a quarenta por cento maior em comparação aos não consumidores.
O aumento do câncer de intestino no Brasil é alarmante, com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimando quarenta e quatro mil novos casos por ano, sendo setenta por cento desses casos concentrados nas regiões Sudeste e Sul. Especialistas apontam que a alimentação pobre em fibras e o aumento do consumo de carne são fatores que contribuem para essa escalada. O diagnóstico precoce é essencial, pois os sintomas geralmente aparecem apenas em estágios avançados da doença.
Os sintomas do câncer de intestino incluem dor abdominal, mudanças nos hábitos intestinais, presença de sangue nas fezes, fraqueza e anemia. A prevenção pode ser feita através de uma dieta rica em fibras, laticínios e grãos integrais, além da prática regular de exercícios físicos. Um estudo anterior indicou que uma dieta vegetariana saudável pode reduzir o risco de câncer de intestino em até vinte por cento entre homens.
Maluf também enfatizou que, embora os resultados do estudo sejam preocupantes, há esperança. Quanto mais tarde se inicia o consumo de bebidas açucaradas, menor é o risco de desenvolver câncer de intestino no futuro. Ele defendeu a necessidade de medidas regulatórias semelhantes às aplicadas ao tabagismo, como restrições na publicidade e informações claras sobre os riscos à saúde nas embalagens.
Em um cenário onde o câncer de intestino está se tornando uma preocupação crescente, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a saúde e a prevenção. Projetos que visam conscientizar sobre os riscos do consumo excessivo de açúcar e a importância de uma alimentação saudável podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Nossa união pode ajudar a transformar essa realidade e proteger as futuras gerações.
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