Estudo revela que, apesar da estiagem e perfuração de poços clandestinos, os níveis de água subterrânea na Bacia do Paranapanema permanecem estáveis, destacando a resiliência hídrica da região. O geólogo Rodrigo Manzione e sua equipe utilizam dados de satélites para monitorar e mapear essas reservas, enfatizando a importância de uma gestão integrada dos recursos hídricos.
As mudanças climáticas têm impactado os padrões de chuvas no Brasil, resultando em crises hídricas, especialmente na Grande São Paulo e na Bacia do Paranapanema. Um estudo recente revelou que, apesar da perfuração de poços clandestinos e da estiagem, os níveis de água subterrânea na Bacia do Paranapanema permanecem estáveis. Essa constatação destaca a resiliência dos recursos hídricos subterrâneos e a importância de uma gestão integrada.
O geólogo Rodrigo Manzione, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e sua equipe utilizaram dados do projeto Gravity Recovery and Climate Experiment (Grace) para monitorar o armazenamento de água subterrânea na bacia entre dois mil e três e dois mil e vinte. Os resultados mostraram que, mesmo com a escassez de chuvas e o aumento da perfuração de poços, não houve quedas significativas nos níveis de água subterrânea.
O estudo identificou áreas com maior e menor variação de reservas de água, denominadas hotspots e coldspots. As regiões de cabeceira, com menor ocupação urbana e mais vegetação nativa, apresentaram maiores reservas, embora isso não signifique que sejam mais ricas em disponibilidade hídrica. A pesquisa também mapeou aquíferos não confinados, que são mais suscetíveis a variações climáticas.
Manzione enfatiza que a água subterrânea deve ser considerada um recurso estratégico, não apenas uma alternativa em situações de crise. O uso descontrolado, como a perfuração indiscriminada de poços, pode levar a problemas como contaminação e subsidência do solo. A gestão adequada deve integrar dados sobre as reservas de água subterrânea aos planos de bacia, promovendo um uso sustentável.
Embora a pesquisa indique estabilidade nas reservas de água subterrânea, o monitoramento contínuo é essencial. A recarga dos aquíferos livres depende de fatores como precipitação, evapotranspiração e uso do solo. A compreensão do ciclo hidrológico é fundamental para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos.
Iniciativas que promovam a conscientização sobre a gestão da água e a preservação dos aquíferos são cruciais. A união da sociedade civil pode fortalecer projetos que visem a proteção e o uso responsável da água, contribuindo para um futuro mais sustentável e seguro para todos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê chuvas acima da média em julho de 2025 em partes do Nordeste e Sul, enquanto outras regiões enfrentarão temperaturas elevadas, impactando a agricultura. A previsão sugere riscos para culturas em áreas com baixa umidade e benefícios para safras em regiões com chuvas intensas.
A terceira Conferência da ONU sobre os Oceanos (UNOC3) em Nice resultou em 19 novas ratificações do Tratado do Alto-Mar, totalizando 50 países, mas não avançou em mineração em águas profundas. Apesar do progresso na proteção dos oceanos, a falta de ações concretas em temas críticos gerou frustração entre ambientalistas. A expectativa é que a COP30, em novembro, aborde essas questões.
O BNDES liberou R$ 1 bilhão para o Complexo Solar Draco, em Minas Gerais, que contará com 11 usinas fotovoltaicas e capacidade de 505 MW, prevendo operação em 2026. O projeto visa fortalecer a matriz solar brasileira.
São Paulo enfrenta desafios climáticos intensificados, como calor extremo e inundações, enquanto busca implementar o PlanClima com R$ 20 bilhões alocados em 2023, mas ainda ignora desigualdades sociais.
Entre 5 e 11 de maio de 2025, o Brasil enfrentará chuvas intensas e temperaturas elevadas, com riscos de temporais e granizo no Rio Grande do Sul. A MetSul alerta para acumulados de até 200% da média mensal.
A Defesa Civil Nacional iniciou uma missão técnica para implementar o Plano Nacional de Enfrentamento à Estiagem na Amazônia Legal e Pantanal, promovendo oficinas em dez estados afetados pela seca. A ação visa alinhar esforços entre órgãos federais e locais, abordando a intensa estiagem que causa escassez hídrica e incêndios florestais.