Estudo da UFRJ e UVA revela que 8,5% das mortes infantis por doenças respiratórias na zona oeste do Rio poderiam ser evitadas com a redução do PM 2.5, superando limites da OMS. A pesquisa destaca a urgência de ações para melhorar a qualidade do ar.

A poluição do ar na zona oeste do Rio de Janeiro é um problema sério, especialmente em áreas industriais como Bangu e Santa Cruz. Um estudo recente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Veiga de Almeida (UVA) revela que a redução do material particulado fino, conhecido como PM 2.5, poderia evitar até 8,5% das mortes de crianças com até cinco anos por doenças respiratórias. A pesquisa analisou dados de abril a novembro de 2023, destacando a gravidade da situação na região.
Os pesquisadores utilizaram uma metodologia validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar a qualidade do ar. A análise mostrou que a concentração de PM 2.5 frequentemente ultrapassa os limites seguros estabelecidos pela OMS, que é de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m³). Durante o período seco, de junho a setembro de 2023, mais da metade dos dias analisados apresentou níveis de poluição acima desse limite, com locais como Adalgiza Neri superando a marca em 87% dos dias.
Os dados do sistema EpiRio, da Prefeitura do Rio, indicam que a mortalidade infantil em Bangu e Santa Cruz é alarmante, com taxas de 11,3 e 13,8 por mil nascidos vivos, respectivamente. Entre esses óbitos, de 8% a 11% estão relacionados a doenças respiratórias. A pesquisa também destaca a influência das atividades industriais e das emissões de veículos na poluição do ar, que afeta diretamente a saúde das crianças, mais vulneráveis a problemas respiratórios.
A situação é ainda mais crítica devido à presença de grandes indústrias, como a Ternium Brasil, antiga Companhia Siderúrgica do Atlântico, que opera na região. Apesar de a empresa manter estações de monitoramento, falhas na medição do PM 2.5 foram reportadas, levantando preocupações sobre a precisão dos dados. A Ternium afirma ter investido R$ 450 milhões em melhorias ambientais, mas a qualidade do ar continua a ser uma questão de saúde pública.
A coordenadora de projetos do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul, Ana Luisa Queiroz, aponta que a situação em Santa Cruz reflete um "racismo ambiental", já que a população local é majoritariamente negra e empobrecida. Ela enfatiza que a responsabilidade deve ser atribuída a quem causa esses problemas e lucra com a saúde da população. A Secretaria Municipal de Saúde reconhece a importância do estudo e afirma ter protocolos para tratar doenças respiratórias, mas a eficácia dessas medidas é questionada.
Com a crescente preocupação sobre a qualidade do ar, é essencial aumentar o monitoramento e a fiscalização das emissões atmosféricas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem melhorar a saúde da população afetada. Projetos que busquem promover a qualidade do ar e a saúde das crianças devem ser incentivados, pois podem fazer uma diferença significativa na vida das comunidades mais vulneráveis.

A organização A Vida no Cerrado (Avinc) promove a valorização e preservação do Cerrado, com foco em educação socioambiental e políticas públicas. Fundada durante a pandemia, a Avinc já conta com 46 voluntários e conquistou a inclusão da Semana do Cerrado no calendário escolar, visando conscientizar sobre a importância desse bioma.

O aumento do preço do açaí em Belém, devido à entressafra e mudanças climáticas, afeta consumidores e produtores. O governador do Pará, Hélder Barbalho, deseja compartilhar a fruta com Donald Trump na COP30.

Empresários e ambientalistas solicitam ao deputado Zé Vitor a rejeição de um dispositivo que revoga a proteção da Mata Atlântica, ameaçando a biodiversidade e o progresso na redução do desmatamento. A alteração proposta pode reverter a queda de 80% nos índices de desmatamento, colocando em risco áreas essenciais para a sobrevivência do bioma e suas comunidades.

Estudo da Esalq revela que o fungo Metarhizium robertsii pode induzir defesas na cana-de-açúcar, reduzindo o uso de inseticidas e promovendo um controle biológico mais eficiente e sustentável. A pesquisa, liderada por Marvin Mateo Pec Hernández, destaca a capacidade do fungo em alterar compostos voláteis e fitormônios, atraindo inimigos naturais das pragas.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo otimizaram a farinha de sementes de girassol para enriquecer pães com proteínas e antioxidantes, promovendo saúde e sustentabilidade. A inovação pode transformar subprodutos em ingredientes funcionais.

Grupo de Trabalho apresenta 20 ações para proteger a Foz do Amazonas, incluindo a criação do Instituto Nacional da Foz do Rio Amazonas e um Mosaico de Áreas Protegidas Marinhas, visando equilibrar exploração e conservação.