Um estudo internacional indica que um programa de exercícios pode reduzir em um terço o risco de morte em pacientes com câncer colorretal. Especialistas acreditam que isso pode transformar o tratamento da doença.
Um estudo internacional revelou que um programa de exercícios pode reduzir em um terço o risco de morte entre pacientes com câncer colorretal. Os pesquisadores destacaram que não é necessário realizar uma grande quantidade de exercícios; qualquer atividade física, como natação ou aulas de dança, já traz benefícios significativos. Especialistas acreditam que esses resultados podem transformar a abordagem no tratamento desse tipo de câncer em todo o mundo.
A pesquisa, liderada pela professora Vicky Coyle, da Queen's University, em Belfast, começou logo após a quimioterapia. Os pacientes foram acompanhados por anos, com o objetivo de que praticassem pelo menos o dobro da quantidade de exercícios recomendada para a população em geral. Isso equivale a três a quatro sessões de caminhada rápida por semana, com duração de 45 a 60 minutos.
Os participantes do estudo, que envolveu 889 pacientes, foram divididos em dois grupos: metade participou do programa de exercícios, enquanto a outra recebeu apenas folhetos informativos sobre um estilo de vida saudável. Os resultados, publicados no New England Journal of Medicine, mostraram que, após cinco anos, os que se exercitaram tiveram uma taxa de sobrevivência significativamente maior.
Embora os mecanismos exatos pelos quais o exercício beneficia pacientes com câncer não sejam totalmente compreendidos, especialistas sugerem que a atividade física pode influenciar a produção de hormônios do crescimento, níveis de inflamação e o funcionamento do sistema imunológico. O pesquisador Joe Henson, da Universidade de Leicester, classificou os resultados como "empolgantes", observando melhorias na fadiga, humor e força física dos participantes.
O câncer colorretal é o quarto mais comum no Brasil, com cerca de 45,6 mil novos casos diagnosticados anualmente. Caroline Geraghty, da Cancer Research UK, enfatizou que o estudo tem potencial para transformar a prática clínica, mas isso depende de financiamento e recursos adequados nos serviços de saúde.
Iniciativas que promovem a atividade física entre pacientes com câncer podem ser fundamentais para melhorar a qualidade de vida e a sobrevivência. A união da sociedade civil pode ser decisiva para apoiar projetos que incentivem a prática de exercícios e ofereçam suporte a esses pacientes, contribuindo para um tratamento mais eficaz e humanizado.
Pessoas com pernas mais fortes têm menor risco de morte por diversas causas, destacando a importância do fortalecimento muscular para a longevidade saudável. Estudos mostram que músculos das pernas ajudam a prevenir quedas e melhoram a saúde cardiovascular. Exercícios simples, como agachamentos e caminhadas, podem preservar a força muscular ao longo dos anos.
A alimentação e a hidratação adequadas são essenciais para a saúde dos rins, prevenindo doenças como cálculos renais e doença renal crônica. Frutas cítricas, laticínios e chá de quebra-pedra são recomendados, enquanto o excesso de sódio e potássio deve ser evitado.
Cuidar da saúde cardiovascular pode rejuvenescer biologicamente até seis anos, segundo estudo da American Heart Association. Hábitos saudáveis moldam um futuro mais longevo.
Ministério da Saúde lança novas ferramentas para aprimorar a gestão da atenção primária à saúde, incluindo hotsites e Painel e-SUS APS, visando melhorar a comunicação e a qualificação do cuidado.
Estudo do Programa Genomas Brasil, financiado pelo Ministério da Saúde, revelou 8 milhões de variantes genéticas inéditas, com foco em doenças cardíacas e metabólicas. A pesquisa, que envolveu mais de 2,7 mil brasileiros, destaca a diversidade genética do país e pode transformar políticas de saúde pública.
A Anvisa aprovou o Kisunla (donanemabe), primeiro medicamento específico para Alzheimer, mas seu alto custo e limitações de uso geram preocupações. O Kisunla, desenvolvido pela Eli Lilly, é o primeiro fármaco direcionado ao Alzheimer, prometendo benefícios em estágios iniciais da doença. Apesar do entusiasmo entre especialistas, o medicamento apresenta limitações, como eficácia reduzida em quadros moderados e graves, além de potenciais efeitos adversos. A necessidade de exames caros para triagem e o custo elevado do tratamento, que chega a quase 32 mil dólares anuais nos Estados Unidos, levantam questões sobre a acessibilidade no Brasil. A experiência com a memantina, aprovada em 2011, sugere que a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser demorada. Especialistas ressaltam a importância do diagnóstico precoce e da prevenção, destacando que até sessenta por cento dos casos de demência podem ser evitados.