Saúde e Ciência

Transformação digital é essencial para otimizar a gestão de Órteses, Próteses e Materiais Especiais no Brasil

A ABRAIDI propõe uma Agenda de Convergência para otimizar a gestão de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) no Brasil, destacando a urgência da transformação digital. A iniciativa visa melhorar a colaboração entre hospitais, operadoras e fornecedores, enfrentando a burocracia e a falta de comunicação que geram perdas financeiras significativas.

Atualizado em
June 9, 2025
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O setor de saúde no Brasil enfrenta um momento crítico na gestão do ciclo de receita de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME). A complexidade operacional e a burocracia excessiva, aliadas à comunicação fragmentada entre hospitais, médicos, fornecedores e operadoras de planos de saúde, resultam em processos morosos e onerosos. A transformação digital é vista como uma solução essencial para enfrentar esses desafios e modernizar o modelo atual.

A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) tem destacado as distorções que comprometem a sustentabilidade da saúde suplementar. Em sua última pesquisa, a ABRAIDI revelou que os pagamentos pendentes ou não realizados por planos de saúde ou hospitais totalizaram R$ 4,587 bilhões, representando 36% do faturamento das empresas. A associação propõe uma construção coletiva de soluções e maior colaboração entre todos os envolvidos no setor.

A proposta da ABRAIDI é criar uma Agenda de Convergência, fundamentada em ética, diálogo e transparência. Essa iniciativa deve ser mediada por uma terceira parte neutra, como o Instituto Ética Saúde, e envolver acordos formais entre hospitais, operadoras, fornecedores e entidades reguladoras. O objetivo é reconfigurar o relacionamento comercial, priorizando a sustentabilidade do setor e a qualidade da assistência ao paciente.

O ciclo de receita de OPME abrange desde a solicitação e aprovação dos materiais até seu uso em procedimentos cirúrgicos e o faturamento subsequente. A gestão envolve múltiplos atores e um fluxo descentralizado de informações, o que gera atrasos e perdas financeiras. Os principais problemas incluem a solicitação descentralizada, a aquisição ineficiente e a falta de integração entre sistemas, que prejudicam a rastreabilidade e o controle de inventário.

A digitalização é apresentada como uma solução estratégica para esses problemas. A proposta é integrar todo o ecossistema de OPME em uma única plataforma digital, permitindo o compartilhamento de informações em tempo real. Isso pode eliminar falhas operacionais, aumentar a previsibilidade e melhorar o controle financeiro. Funcionalidades como autorização antecipada de procedimentos e automação financeira são essenciais para otimizar o ciclo de receita.

A implementação de um modelo digital integrado promete benefícios significativos, como a redução de ineficiências operacionais e a melhoria no controle de custos. Instituições que adotam soluções digitais tendem a ter melhor desempenho financeiro e menor risco regulatório. A transformação digital na gestão de OPME é uma necessidade urgente, e a colaboração entre os envolvidos é fundamental. Nessa situação, a união da sociedade pode ajudar a garantir que os dispositivos médicos certos cheguem ao paciente com agilidade e precisão.

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