O Ministério da Educação (MEC) suspendeu novos cursos de Educação a Distância (EaD) e estabeleceu diretrizes para melhorar a qualidade educacional, restringindo áreas como Medicina e Engenharia. A nova legislação visa garantir uma formação mais qualificada e limitar turmas excessivas.

A Educação a Distância (EaD) no Brasil tem se mostrado uma ferramenta importante para ampliar o acesso à educação, especialmente em um país de grandes dimensões. Contudo, a expansão dessa modalidade, nas últimas duas décadas, foi marcada por cursos de qualidade duvidosa e uma regulamentação insuficiente. O Decreto nº 9.057, de 2017, permitiu que instituições oferecessem cursos de graduação e pós-graduação em EaD sem a necessidade de experiência prévia em ensino presencial, o que gerou controvérsias e debates sobre a qualidade da formação oferecida.
Dados do Censo da Educação Superior revelam um crescimento alarmante na oferta de cursos EaD, que aumentou em 232%, passando de três mil cento e setenta e sete em 2018 para dez mil quinhentos e cinquenta e quatro em 2023. Entre 2015 e 2023, o número de cursos superiores a distância cresceu 615%, com a maioria das novas ofertas sendo disponibilizadas por instituições privadas. Essa massificação levanta preocupações sobre a qualidade do ensino e a formação dos alunos.
Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) suspendeu a criação de novos cursos e instituiu novas diretrizes para a EaD, visando melhorar a qualidade educacional. A Portaria nº 528/2024 e o Decreto nº 12.456, publicados em maio, proíbem a oferta de cursos 100% online em áreas como Medicina, Enfermagem e Engenharia. Além disso, a nova legislação estabelece um modelo semipresencial e limita o número de alunos em atividades síncronas, buscando evitar turmas excessivamente grandes que comprometem a aprendizagem.
A Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) manifestaram-se contra algumas das novas restrições, como a limitação de alunos em atividades síncronas. O Confea, por exemplo, se opôs à oferta integral de cursos de Engenharia a distância, reforçando a necessidade de um ensino de qualidade nessas áreas. As novas diretrizes visam garantir que a formação oferecida seja de qualidade socialmente referenciada.
As mudanças na regulamentação da EaD são um passo importante para reverter a tendência de crescimento desordenado e garantir uma formação de qualidade. O acompanhamento das estratégias de regulação será crucial para assegurar que a carga horária presencial nos cursos semipresenciais seja cumprida, promovendo um ensino mais eficaz e responsável.
Neste contexto, a sociedade civil tem um papel fundamental em apoiar iniciativas que busquem melhorar a qualidade da educação. Projetos que visem a capacitação de professores e a criação de materiais didáticos de qualidade podem fazer a diferença na formação de futuros profissionais. A união em torno de causas educacionais pode impactar positivamente a realidade da EaD no Brasil.

Em 2024, 20,5 milhões de brasileiros não acessaram a internet, com 73,4% sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. O acesso entre idosos cresceu para 69,8%, mas 5,1 milhões de lares ainda estão desconectados.

Cerca de 2,2 milhões de crianças estão fora da educação infantil no Brasil, com 29% das mais pobres sem acesso a creches, evidenciando a urgência de expansão desse serviço essencial. A ONG Todos pela Educação destaca que as regiões Norte e Nordeste enfrentam os piores índices, com Amapá atendendo apenas 10% das crianças. É imperativo que governantes priorizem a construção de creches para combater a desigualdade e promover o desenvolvimento infantil.

Censo Escolar de 2024 mostra que 85% das escolas brasileiras promovem ações em direitos humanos, mas a diversidade ainda é tratada de forma isolada. Mudanças climáticas afetam a educação, com 64% das escolas no Rio Grande do Sul suspensas por enchentes.

Estão abertas as inscrições para o curso "Condutores de Veículos de Emergência para Mulheres", promovido pelo Detran-DF, com 20 vagas para mulheres habilitadas acima de 21 anos. O curso, parte do programa Mulheres que Dirigem Vão mais Longe, ocorrerá de 26 de maio a 12 de junho, com aulas matutinas na nova unidade do órgão. As interessadas devem se inscrever até 14 de maio, apresentando a CNH válida e não podendo ter restrições legais.

O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) lançou três novos cursos online gratuitos, totalizando 41 opções disponíveis. As inscrições são até 18 de junho, com conclusão até 30 de junho.

Em 2024, 40% das escolas públicas brasileiras ainda não oferecem ensino em tempo integral, apesar do aumento nas matrículas. O MEC destaca desafios estruturais e a necessidade de investimentos para alcançar a meta de 25% até 2025.