Duas exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro abordam a conexão entre arte e meio ambiente, enquanto a Câmara dos Deputados aprova projeto que compromete a proteção ambiental, gerando críticas.

O Brasil se prepara para a COP30, conferência do clima da ONU, em meio a críticas sobre a proteção ambiental e os direitos dos povos nativos, especialmente em relação ao desmatamento. Recentemente, duas exposições artísticas foram inauguradas, destacando a relação entre arte e meio ambiente. A primeira, “A ecologia de Monet”, está em cartaz no Museu de Arte de São Paulo (Masp) até o final de agosto. A segunda, “Claudia Andujar e seu universo — Sustentabilidade, ciência e espiritualidade”, foi aberta no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Claudia Andujar, fotógrafa nascida na Suíça em mil novecentos e trinta e um, dedicou sua carreira à documentação de sociedades indígenas, especialmente os ianomâmis, que habitam o norte da Amazônia. Suas obras, que incluem uma galeria com 400 fotos no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), abordam a luta contra o garimpo e a preservação do território indígena. Por outro lado, Claude Monet, impressionista francês, é conhecido por suas pinturas de paisagens que refletem a relação do homem com a natureza ao longo de cinquenta anos de carreira.
A exposição no Masp apresenta trinta e duas obras que mostram a transição de paisagens bucólicas do século dezenove para cenários afetados pela industrialização. As obras de Monet servem como um documento histórico que evidencia a transformação ambiental provocada pelo progresso. Ambas as exposições ressaltam a importância da proteção ambiental e dos direitos dos povos nativos, temas que parecem ser ignorados por parlamentares brasileiros.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que fragiliza a proteção ambiental, gerando preocupações sobre os compromissos climáticos do Brasil. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a nova legislação “quebra a coluna da proteção ambiental no país”, ao fragilizar regras e mecanismos de controle. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) classificou a Lei Geral do Licenciamento Ambiental como uma ameaça à Constituição e aos direitos dos brasileiros.
O Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre cinquenta e nove por cento e sessenta e sete por cento até dois mil e trinta e cinco, além de zerar o desmatamento ilegal nos próximos cinco anos. Apesar dos avanços recentes, como a redução do desmatamento na Amazônia em quarenta e seis por cento, a aprovação do projeto de lei representa um retrocesso significativo. A organização ActionAid alertou que a nova legislação inviabiliza a transição justa, um dos temas centrais da COP30.
Além disso, o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia pode ser afetado por cláusulas ambientais que visam barrar produtos brasileiros. A recente investigação dos Estados Unidos sobre práticas comerciais desleais atribuídas ao Brasil, incluindo o desmatamento ilegal, destaca a urgência da situação. Em tempos como este, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a proteção ambiental e os direitos dos povos nativos, ajudando a garantir um futuro mais sustentável.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reestabelece a Educação Ambiental com a criação do Centro Nacional de Educação Ambiental (Cenea), após quase duas décadas de hiato. A iniciativa visa integrar ações educativas e capacitar comunidades, promovendo uma gestão pública mais consciente e sustentável.

Ibama participa de treinamento sobre emergências nucleares no IRD, promovendo integração com instituições como Defesa Civil e Exército. A ação visa aprimorar a resposta em situações críticas.

Chuvas intensas são esperadas na faixa centro-leste do Brasil nesta sexta-feira (25), com volumes de até 100 mm e ventos de até 100 km/h, conforme alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão é de que as instabilidades atinjam principalmente o norte de São Paulo, além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e sul do Espírito Santo. A região norte também está sob alerta, com possibilidade de chuvas fortes no Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão. Fique atento às atualizações meteorológicas.

Estudo revela que as ciências humanas são as menos financiadas nas pesquisas sobre a Amazônia, destacando a urgência de integrar a saúde local e promover colaboração entre países da região.

No dia 22 de maio, às 15h, ocorrerá o seminário "Agenda Climática e Oportunidades de Negócios", promovido pela Folha, com foco na transição energética e mercado de carbono no Brasil. O evento contará com a presença de líderes do setor privado e público, como Gustavo Pimenta, presidente da Vale, e Luciana Costa, do BNDES, discutindo caminhos para a redução de emissões e desafios do financiamento climático. As inscrições são gratuitas e limitadas.

Casos de febre oropouche no Brasil dispararam para 10.940 em 2024, com duas mortes. Pesquisadores apontam mudanças climáticas e novas cepas do vírus como fatores críticos para a epidemia.