Impacto Social

Festival Negritudes Globo celebra a cultura negra com Alcione, Mumuzinho e debates sobre representatividade

O Festival Negritudes Globo, inaugurado por Alcione e Mumuzinho, aborda preconceito e machismo, ressaltando a importância da representatividade e da memória de figuras negras. O evento promove debates enriquecedores sobre cultura e identidade.

Atualizado em
May 15, 2025
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Os cantores Alcione e Mumuzinho, a atriz Isabel Fillardis e o idealizador, pesquisador e produtor do Negro Mundo, Pedro Rajão, participam da mesa ‘As narrativas da vida e da obra de Alcione’, com mediação da jornalista Aline Midlej — Foto: Globo/Manoella Mello

Festival Negritudes Globo é inaugurado com debate sobre representatividade

Na manhã desta quinta-feira, 15 de maio, teve início o Festival Negritudes Globo, no Galpão da Cidadania, localizado na Gamboa, Centro do Rio de Janeiro. O evento, que celebra a cultura negra, contou com a participação de artistas e pesquisadores, incluindo os cantores Alcione e Mumuzinho, que compartilharam suas experiências sobre preconceito e machismo em suas trajetórias profissionais.

Durante a abertura, Alcione relembrou os desafios enfrentados no início de sua carreira, ao chegar ao Rio de Janeiro, vindo de São Luís do Maranhão. A artista citou um aviso que recebeu do compositor Carlos Imperial: "Cuidado que quando um artista negro faz sucesso, logo querem derrubar". Alcione enfatizou sua resiliência, afirmando que aprendeu com seu pai a "bater à porta fechada".

Mumuzinho, por sua vez, abordou como lidou com o preconceito ao longo de sua carreira, inicialmente utilizando o humor como uma forma de mascarar suas dores. Ele revelou que, após participar de um curso de letramento racial, começou a se ver de maneira mais ampla, não apenas como artista, mas também como Márcio, de Realengo. O cantor destacou que o preconceito é estrutural e se manifesta de formas sutis, como em situações de classe social.

O idealizador do projeto NegroMuro, Pedro Rajão, também participou do debate, ressaltando a importância de preservar a memória de personalidades negras. Ele mencionou que o projeto já produziu setenta murais, incluindo homenagens a figuras como Alcione, que é uma referência na Mangueira. Rajão enfatizou a necessidade de registrar a história de nomes menos conhecidos, como Joaquim Venâncio, que dá nome à Escola Politécnica da Fiocruz.

O festival não apenas promove a cultura negra, mas também busca conscientizar sobre a importância da representatividade e da memória histórica. As discussões abordam temas relevantes que impactam a sociedade, incentivando a valorização das contribuições da população negra ao longo da história do Brasil.

Iniciativas como o Festival Negritudes Globo são fundamentais para promover a cultura e a história negra. A união da sociedade civil pode ser um grande impulso para apoiar projetos que visam a preservação da memória e a promoção da igualdade. Juntos, podemos fazer a diferença e fortalecer a representatividade.

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